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Alemanha receberá 2.500 estudantes por ano no Programa Ciência sem Fronteiras
A Alemanha está preparada para receber 2.500 estudantes bolsistas por ano no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF). É o que garantiu o diretor do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Christian Müller. “Com esse programa vocês estão colocando o Brasil no mapa da educação internacional”, afirmou. O anúncio foi feito em uma reunião de trabalho e balanço do programa, promovida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) nesta quinta-feira, 3.
Estiveram presentes representantes das pró-reitorias e assessorias internacionais das instituições que já aderiram ao programa, assim como membros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), parceiro da Capes no objetivo do Programa Ciência sem Fronteiras de oferecer 75 mil bolsas no exterior para estudantes brasileiros.
De acordo com o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, a previsão é de lançar a chamada do Ciência sem Fronteiras para Alemanha ainda em novembro, juntamente com chamadas para o Reino Unido e França. A seleção será conjunta entre Capes e CNPq e a estimativa é colocar mil estudantes para começarem o intercâmbio já em março.
Glaucius Oliva enumerou os ganhos e vantagens em internacionalizar cada vez mais a ciência brasileira. “Esse novo universo de bolsas vai fazer com que as universidades tenham uma oportunidade única de olhar a educação superior no mundo todo. Além disso, contribui para a melhor percepção sobre a pesquisa e a produção brasileira. Vamos nos expor mais e assim teremos mais abertura em revistas internacionais, em rankings, no impacto da produção e em congressos internacionais”, comentou.
O chefe de gabinete da presidência da Capes, Geraldo Nunes, destacou a importância das parcerias entre governo federal e instituições de ensino superior para o sucesso do programa. “O Ciência sem Fronteiras não tem chance de prosperar sem a adesão da comunidade acadêmica. Felizmente, é exatamente isso que temos acompanhado nos primeiros meses da iniciativa. O CsF tem mobilizado estudantes, cientistas e pesquisadores e será um marco no nosso sistema de pós-graduação”, afirmou.
DAAD
O diretor do DAAD, Christian Müller, felicitou o governo brasileiro pela iniciativa. “O Ciência sem Fronteiras vai mudar a cara do ensino superior brasileiro. Em números, o investimento brasileiro equivale ao orçamento de todo o DAAD somando a todos os programas de cooperação internacional que o país de vocês já tem. Isso é muito, já que costumamos dizer que o DAAD é a maior instituição de educação internacional do mundo”, explicou.
Segundo Müller, por parte da Alemanha, há um apoio institucional bastante significativo, inclusive do presidente alemão, Christian Wulff. “Mas mais importante posicionamento positivo partiu das próprias universidades alemãs. Fizemos um inquérito sobre interesse de receber estudantes brasileiros e as respostas foram amplas e positivas. Tivemos um grande retorno para as diversas modalidades. A experiência com estudantes brasileiros é muito positiva.”
Atualmente, aproximadamente 2.000 estudantes e pesquisadores brasileiros frequentam universidades e institutos de pesquisas na Alemanha. O trabalho conjunto entre o DAAD e as agências brasileiras vem sendo realizado há mais de 40 anos.
De acordo com o DAAD, está sendo elaborado um portal na internet para a chamada específica do Ciência sem Fronteiras, uma plataforma parcialmente em português para disponibilizar todas as informações sobre o programa. Além disso, o órgão realizará um seminário no dia 23 de novembro como ponto de partida para essa iniciativa.
Próximos países
No âmbito do programa Ciência sem Fronteiras, além de Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos, acordos já estão sendo negociados com Holanda, Bélgica, Portugal, Itália, Espanha, Suécia, Coréia, Austrália, China e Canadá. Além disso, será lançada chamada em conjunto com as fundações e amparo a pesquisa, visando atrair jovens talentos e lideranças internacionais para as instituições em todo o Brasil e, assim, garantir a interiorização e o equilíbrio regional do desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Conheça o DAAD e acesse o site do Programa Ciência sem Fronteiras.
Confira o que já foi publicado sobre o assunto:
Oficializada participação da Alemanha no programa Ciência sem Fronteiras