O Programa de Governança Colaborativa de Informações da Pós-Graduação (GoPG) tem como finalidade a viabilização  de ações relacionadas à interoperabilidade entre sistemas acadêmicos, científicos, tecnológicos e de inovação, no que diz respeito a informações relacionadas à pós-graduação, a disponibilização de ferramentas de gestão da informação e definições de padrões e serviços, em observância ao controle e proteção dos dados envolvidos no processo.

Propósito
Promover a melhoria da governança da informação da pós-graduação em colaboração com os atores envolvidos.

Missão
Impulsionar a criação de um ecossistema de informações composto por pessoas, processos, pesquisas, produtos e tecnologias relacionados à pós-graduação, provendo meios para racionalizar os processos e serviços, visando promover a qualidade da informação como suporte estratégico à tomada de decisão, à avaliação e à visibilidade da pós-graduação brasileira.

Visão
Ser o agente de transformação de processos de integração, certificação e melhoria da qualidade da informação da pós-graduação, por meio da gestão colaborativa.

A identificação das entidades de informação e de suas fontes mais confiáveis e completas, o que podemos chamar de "selo ouro",  é fundamental para o desenvolvimento do ecossistema. A origem e forma de identificação podem variar conforme o tipo de informação:

1. Entidades primárias que identificam unicamente os atores. Nesse caso, existem identificadores persistentes para pessoas, programas de pós-graduação e instituições que devem ser utilizados para a garantia da unicidade.
2. Entidades em que a fonte de identificação são próprias das IES, que referem-se a atuação das pessoas como discentes (matrículas e titulações), docentes (atuação dos professores na pós-graduação) e pesquisadores. A infraestrutura que as IES dispõe para seus programas de pós-graduação, suas atividades em termos de disciplinas e projetos de pesquisa, e os produtos gerados como as teses e dissertações e seus dados de pesquisa.
3. Entidades cuja fonte de identificação são obtidas de entes externos, por exemplo, o fomento que é obtido das agências governamentais e não governamentais, das empresas ou outras fontes. As produções intelectuais, como os artigos, livros e produtos técnico-tecnológicos, necessitam de identificadores próprios (DOI, ISSN, ISBN, dentre outros).

O fluxo da informação no GoPG acontecerá da seguinte forma:

1. Captação de dados externos: identificadas as entidades de informação e suas fontes, trataremos de trazê-las para uma base de dados (Data Lake), onde as informações serão higienizadas e desambiguadas, identificando-se os atores que fazem parte;
2. Portais de gestão da informação: A informação será distribuída para seus atores, para que possam conhecer, verificar e validar o que será utilizado no universo de informações da pós-graduação. Por exemplo, caso sejam identificados artigos em fontes diversas, o autor da produção (um docente ou discente) poderá confirmar se realmente participou e se os múltiplos registros podem ser unificados. O coordenador do programa e o pró-reitor , ao final desse processo, terão um conjunto mais preciso de informações. É importante dizer que esses portais não serão para preenchimento manual, mas sim um local de análise das informações obtidas automaticamente.
3. Importação e exportação: Finalizado o processo de análise, o coordenador do programa poderá importar as informações para o Coleta na Plataforma Sucupira, o que tornará o procedimento mais ágil e com maior qualidade. Haverá uma ferramenta tecnológica que fará o procedimento, tanto para importação para dentro da Sucupira quanto para exportação de dados necessários para outras fontes.
4. Coleta de Dados - Sucupira: O Coleta poderá ser complementado manualmente com as informações que faltarem do procedimento de alimentação automático. Esperamos que com o aprimoramento do ciclo de coleta automática das fontes, análise das informações pelos atores e importação, o processo manual seja minimizado.
5. Visualização (Portais públicos e Observatório): ao final, as informações terão mais qualidade para serem exibidas ao público por meio de novos Portais públicos da Sucupira e a nova ferramenta que irá constituir o Observatório da Pós-Graduação. 

A rede RICA-PG é a rede de integração da comunidade acadêmico-científica relacionada à pós-graduação e que tem a missão de construir conexões para o compartilhamento e reuso de dados da pós-graduação, propondo-se a estruturação de procedimentos para uma rede. As melhorias das informações da CAPES contribuirão para a implantação de novas tecnologias na avaliação de programas.

Espera-se a redução da necessidade de múltiplos pontos de coleta de informação e a redução dos serviços de correção de dados submetidos as bases operacionais da CAPES. A possibilidade da criação de conectores vinculados diretamente com a base operacional dos membros da rede evitará problemas com a qualidade da informação (i.e. principalmente completude e acurácia). A CAPES é responsável pela coordenação da rede, formada por representantes da comunidade acadêmico-científica e de instituições da pós-graduação.

O papel da rede de integração é promover um ambiente de troca de conhecimento e ampla discussão em torno de padrões de dados da pós-graduação que sejam aderentes à realidade de maturidade de infraestrutura de dados dessas instituições.

A RICA será retomada no ano de 2023, para continuidade das ações iniciadas em 2020. Os padrões estabelecidos pela RICA auxiliarão no processo de integração.