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Conselheiro Paulo Burnier é homenageado em sua última sessão de julgamento
Nesta quarta-feira (19/06), o conselheiro Paulo Burnier participou de sua última sessão de julgamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Durante a sessão, Burnier, cujo mandato se encerrará em 16 de julho, foi homenageado por seus pares, por servidores e ex-servidores do órgão, e por representantes da comunidade antitruste. Grandes marcos internacionais do Cade, com destaque para a entrada do Conselho como membro permanente do Comitê de Concorrência da OCDE, foram lembrados ao longo das falas por terem estreita relação com o trabalho desenvolvido por Paulo durante mais de oito anos na autarquia, onde começou como PinCadista e posteriormente atuou como Assessor Internacional.
“A trajetória do meu caro amigo Paulo Burnier pelo Cade foi marcada por um nível de dedicação e de entrega que só pode ser justificado pelo mais elevado apreço a essa instituição. Não estamos falando apenas de uma relação de doação pelas pessoas que participaram da vida do Cade ao longo dos últimos anos, aos quais se renovam a cada dia. Falamos da dedicação por uma ideia abstratamente concebida e buscada diariamente. A ideia de que o Brasil merece uma autoridade antitruste de excelência, a nível local e a nível global”, declarou o presidente Alexandre Barreto, ao abrir as homenagens a Burnier.
Durante seu discurso, Barreto lembrou de alguns dos importantes marcos do Cade que tiveram a colaboração do conselheiro. “Não há como desvincular a figura do Paulo dos inegáveis avanços dessa autarquia na sua internacionalização. Seria difícil para qualquer um dos membros dessa vibrante comunidade antitruste recordar de uma vitória internacional do Cade nos últimos anos que não tenha contado com a sua contribuição ativa e decisiva. A sua presença cordial, porém firme, foi fundamental para que esta autarquia adquirisse a projeção global que possui hoje”, afirmou.
Ainda nos seus primeiros anos na Assessoria Internacional, o conselheiro Paulo foi parte da equipe integrante da organização da primeira conferência anual da Intenational Competition Network na América Latina em 2012, no Rio de Janeiro. Representou o Cade na vice-presidência da ICN a partir de 2013 e foi peça chave na conquista do prêmio da revista Global Competition Review, onde foi considerada a melhor agência antitruste das Américas ainda em 2014 – prêmio esse conquistado novamente durante seu tempo de missão no Cade, em 2016 e em 2018.
A entrada do Cade como membro permanente da OCDE também foi comemorada, sendo um marco na história da autarquia. “Foi resultado de um esforço coletivo das gerações que aqui passaram, mas, sem dúvida, tratou-se de uma odisseia que carrega a marca registrada do conselheiro Paulo. A postura cortês e amistosa, a quem não por acaso se atribui a alcunha de diplomata do Cade, foi essencial para a construção dos laços entre nós e o resto do mundo”, avaliou Barreto.
Reconhecimento
Diversos membros da comunidade antitruste estiveram presentes na sessão e também prestaram suas homenagens. É o caso da diretora de Concorrência do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (IBRAC), Leonor Cordovil, e da presidente da Comissão de Defesa da Concorrência da OAB/DF, Ana Malard.
Gilvandro Vasconcelos, ex-conselheiro e ex-presidente interino do Cade, falou em nome dos amigos e servidores do Cade. “Na nossa trajetória, tudo parece impregnado de eternidade. As coisas parecem que não vão acabar nunca no Cade tamanha é a efusividade que temos ao vivenciar esse momento. Mas, como na vida, existe um ciclo, e seu ciclo aqui nessa instituição é extraordinário”, ponderou.
Por fim, o conselheiro Paulo proferiu palavras de agradecimento a todos os colegas servidores, aos ex-conselheiros e à atual composição do plenário. “Se eu tivesse que definir em uma palavra, é felicidade. Hoje saio com um sentimento pleno de realização, que é um dos sentimentos mais nobres que um ser humano pode experimentar”, disse.
Sobre a recente entrada do Cade na OCDE, Burnier destacou a importância da conquista. “A partir do momento que viramos membros associados, num conjunto restrito de países, a gente passa a ser inserido numa comunidade bastante sofisticada, de igualdade de troca e não mais de receptor de inputs, mas de provedor de inputs. Nossa responsabilidade aumenta, e tudo que fazemos aqui passa a ser olhado e contribuído com mais substancia nessa comunidade”, comemorou.