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BUSCA E APREENSÃO
Cade e Polícia Federal realizam busca e apreensão para investigar cartel em licitações no mercado de coleta e destinação de resíduos
Nesta segunda-feira (13/12), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal deflagraram, com o apoio do Ministério Público Federal, a operação de busca e apreensão Mercado Pacificado. O objetivo é desarticular e apurar cartel e outros crimes praticados em licitações públicas e privadas por empresas que atuam no mercado de coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos em sua maioria hospitalares.
Ao todo, 75 policiais federais e 57 integrantes do Cade participaram do cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nas cidades de São Paulo/SP, Embu das Artes/SP, Suzano/SP, Itabuna/BA, Salvador/BA, Imperatriz/MA, São Luis/MA, Sousa/PB, Recife/PE, Duque de Caxias/RJ, Caxias do Sul/RS e Cachoeirinha/RS.
A investigação teve início a partir de acordo de leniência celebrado com o Cade em 2019. Os signatários apresentaram ao órgão antitruste evidências de condutas anticompetitivas que teriam sido praticadas com o intuito de favorecer licitantes e frustrar o caráter competitivo dos certames. Entre elas acordos entre concorrentes para fixação de preços, condições e vantagens em licitações públicas e privadas, divisão de mercado e de clientes, supressão de propostas e apresentação de propostas de cobertura, além de troca de informações comerciais e concorrencialmente sensíveis.
De acordo com as investigações, as empresas participantes do cartel dividiam clientes e processos licitatórios entre si com a intenção de manter o mercado “pacificado”, evitando “guerras de preços” (o que originou o nome da operação).
Segundo análise realizada pelo Cade, foram afetados por essas atividades anticompetitiva, ao menos, os mercados de coleta e destinação de resíduos do Distrito Federal e dos estados da Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Há ainda indícios de que os estados do Rio Grande do Norte e de Santa Catarina também foram alvo das práticas anticompetitivas.
Os investigados poderão responder por infrações contra a ordem econômica previstas na Lei de Defesa da Concorrência, crimes contra a ordem tributária, associação criminosa e outros delitos que eventualmente forem constatados no curso da investigação.