Quem Somos
Sobre o Projeto Resgate
O Projeto Resgate Barão do Rio Branco é um programa de cooperação arquivística internacional que tem por missão catalogar e reproduzir a documentação histórica manuscrita referente ao Brasil, do período anterior à Independência.
Anteriormente, só era possível consultar a rica documentação que se encontra sob a custódia de instituições estrangeiras por meio de dispendiosas viagens e cansativas pesquisas. Ao organizar e tornar acessível esse imenso acervo aos pesquisadores e ao grande público, o Projeto Resgate Barão do Rio Branco realiza uma inestimável contribuição para a memória brasileira.
O projeto homenageia José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, diplomata brasileiro que consolidou as fronteiras do país. Com efeito, o embrião da iniciativa surgiu já no século XIX, graças à pesquisa pessoal de muitos diplomatas brasileiros.
O gérmen da institucionalização do Projeto Resgate se iniciou no dia 7 de setembro de 1966, por meio do Acordo Cultural celebrado entre o Brasil e Portugal. Dentre seus objetivos, o Acordo, aprovado pelo Congresso Nacional em 1967, visa a permuta de documentos entre ambas as nações, bem como a cooperação entre as instituições de ensino, pesquisa e tecnologia, que são intenções concretizadas pelo Projeto.
Em 1983 foi firmado um primeiro Protocolo de Cooperação entre Brasil e Portugal. Posteriormente, em 1996, com a perspectiva das comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao território brasileiro, o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) impulsionou a criação da Comissão Luso-Brasileira para Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (COLUSO) e a aprovação do Plano Luso-brasileiro de Microfilmagem.
No ano 2000, o Acordo Cultural e o Protocolo de Colaboração anteriormente mencionados foram atualizados pelo Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, igualmente promulgado pelo Congresso Nacional em 2001. Sob a inspiração deste Tratado, o Projeto Resgate promove a microfilmagem da documentação histórica de Portugal, além de impulsionar o intercâmbio de pesquisadores.
Tais iniciativas fortaleceram sobremaneira o desenvolvimento do Projeto Resgate Barão do Rio Branco. Como fruto dessas décadas de trabalho, grande parte do acervo luso-brasileiro foi disponibilizado digitalmente, entre 2002 e 2006, pelo Centro de Memória Digital da Universidade de Brasília (CMD/UnB), com apoio financeiro da Petrobras.
Desde 2015, os recursos para a manutenção e o incremento do Projeto Resgate Barão do Rio Branco advêm de um Projeto de Cooperação Técnica Internacional com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), cuja direção está a cargo da presidência da Fundação Biblioteca Nacional.
Com o intuito de preservar a memória do Projeto, fomentar a cooperação internacional, promover eventos acadêmicos e ampliar e difundir o acervo do Projeto, em 2022 foi instituído pela Fundação Biblioteca Nacional o Centro de Memória do Projeto Resgate, vinculado ao Centro de Cooperação e Difusão da Biblioteca.
Até o momento, foram feitos o levantamento e a reprodução de documentos existentes nos arquivos, bibliotecas, museus, centros e instituições culturais de Áustria, Espanha, Holanda, França, Bélgica, Reino Unido e Estados Unidos da América. O Projeto Resgate Barão do Rio Branco pretende, a curto prazo, tornar disponível esse novo acervo, oferecer instrumentos de pesquisa mais atualizados e ampliar o mapeamento dos documentos existentes em outros continentes.
Visite o acervo aqui: resgate.bn.br
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