Notícias
Suécia
Revista Poesia Sempre 25
Revista Poesia Sempre v. 25Suécia
|
“Este número da Poesia Sempre vai ao centro do debate contemporâneo com a seção ‘Guerra, história e poesia’.
Não a máquina de guerra, mas da poesia e da crítica, articuladas no campo da linguagem e da invenção. Assim sendo, Vera Lins aponta para um horizonte de história e poesia, tal como, em contraponto, Marco Lucchesi realiza o concerto entre história e poesia, desde as ruínas do Império Romano. Já no ensaio de Celina Moreira de Mello, o desafio da análise comparada, para além do ut pictura poesis, no diálogo sutil entre pintura e poesia. Outra formulação aparece no texto de Henrique Marques Samyn, sobre a obra de Ruy Espinheira Filho, ao sublinhar o impacto do imagético.
O poeta H. Dobal, cidadão do Piauí e do mundo, celebrado por Bandeira e Odylo Costa Filho, é detentor de uma obra que precisa ser conhecida no país, como assinala Luiza Fenudi, na apresentação à breve antologia de Dobal.
Na poesia brasileira inédita, a Revista insiste na inclusão e na polifonia, de Adriana Montenegro a Ronaldo Lima Lins, de Delmo Montenegro a Ricardo Aleixo. Entre documento e monumento, a demanda de que se reveste a seção.
A parte relativa à poesia sueca foi organizada por Márcia Schuback, de modo original, ao realizar, na república das letras, um pacto federativo entre poesia, filosofia e tradução, como se observa no texto “Poesia sueca: poética do quase ser”. A ela coube igualmente a organização de duas antologias: a da poesia moderna da Suécia, apresentada por Karl-Erik Schollhammer; e a da poesia brasileira traduzida para o sueco, onde presta homenagem aos tradutores que abriram o diálogo entre nossos países.
Algumas surpresas para o leitor brasileiro, como Strindberg, Lars Gustafsson, Katarina Frostenson e Ana Jäderlund, da alta para a baixa modernidade.
O texto de Valéry sobre Swedenborg dá bem a temperatura e a universalidade de uma poética rigorosa e transcendente, como a que realizou o autor de O livro dos sonhos.
No âmbito do diálogo cultural, a tradução de Pessoa e de poetas brasileiros é também uma homenagem aos amigos da cultura brasileira, como Arne Lundgreen, Hans Ruin, Marianne Eyre, Örjan Sjögren, Stefan Helgesson, Tobias Berggren.
Nossos agradecimentos a Márcia Schuback, Halan Silva e ao Setor de Iconografia da Fundação Biblioteca Nacional.
Marco Lucchesi
(texto da apresentação)
Características (título)
Ano de publicação: 2006