Lapa/Noturno da Lapa
José Olympio Editora
Luva com dois volumes
“(...) Luis Martins é autor de uma obra expressiva em diversos gêneros, da poesia à crônica, da crítica de arte aos ensaios históricos e literários. Foi também organizador de antologias de Machado de Assis e João do Rio. Mas seu nome será sempre vinculado ao romance Lapa, não só porque seu texto ainda hoje impressiona pelo impacto e ousadia, mas também pelos episódios que sucederam a publicação.
Foram necessários quase 30 anos para que ele passasse a limpo essa história, no volume de memórias Noturno da Lapa, escrito em 1964, às vésperas de outro golpe de Estado. (...)
Reunidos pela primeira vez nesta coedição da José Olympio e da Biblioteca Nacional, Lapa e Noturno da Lapa se tornaram dois textos indissociáveis – um explicando e lançando luzes sobre o outro. Lapa era para ser somente estreia de um escritor brilhante; acabou se tornando mais conhecido e citado como elemento de um episódio de perseguição que por seu expressivo valor literário. Luís Martins não se deixou abater; retomando quase três décadas mais tarde a narrativa de Lapa pela via da memória. Diante desses dois capítulos de uma ficção vivida, separados entre si por 28 anos, o leitor tem a oportunidade de conhecer duas faces igualmente valiosas da produção literária de Luís Martins, a de ficcionista e a de memorialista”.
Luciano Trigo
(trecho da orelha do volume Noturno da Lapa)
Publicado em
21/11/2024 13h06
Atualizado em
22/11/2024 10h56