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Seminários do CPE
A valiosíssima coleção de documentos da história pátria: aquisição, catalogação e difusão do acervo manuscrito na primeira metade do século XX
No dia 10 de maio último, recebemos nos “Seminários do CPE” a historiadora e arquivista, Luciane Simões Medeiros (Seção de Manuscritos), para apresentar sua pesquisa a respeito da formação da Coleção Biblioteca Nacional.
A pesquisa apresentada é parte de sua dissertação de mestrado em fase de finalização no Programa de Pós-graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Luciane Medeiros, que é chefe da Seção de Manuscritos da FBN, expôs as variadas dinâmicas institucionais e os agenciamentos históricos que geraram diferentes lugares para os arquivos da Biblioteca Nacional. Longe de se configurar como fruto de um tratamento estritamente técnico, a maneira como o arquivo institucional está hoje conformado na chamada Coleção Biblioteca Nacional é resultado de um entrecruzamento de dimensões políticas e de percepções históricas acerca das práticas arquivísticas. Embora seu valor histórico seja evidente, a Coleção Biblioteca Nacional não recebeu um tratamento técnico que o disponibilizasse ao público até o quartel final do século XX. A apresentação buscou iluminar como arquivos e coleções têm sua configuração moldada a partir de escolhas e agenciamentos diversos. Longe de serem conjuntos inertes, elas têm uma história cuja compreensão é parte relevante para acessar o significado do conteúdo depositado nelas.
Luciane Simões Medeiros é bacharel e licenciada em História, pela UERJ, bacharel em Arquivologia pela UNIRIO, especialista em História do Brasil pela UFF, especialista em História da África e do Negro no Brasil pelo IUPERJ, atualmente é mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, FIOCRUZ. Atuou como professora de história na rede pública estadual do Rio de Janeiro. Trabalha há dez anos como técnico em documentação I na seção de manuscritos, que chefia desde 2015.