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Rossini Perez morre no Rio
Rossini Perez
Morreu hoje, aos 89 anos, Rossini Perez, um dos maiores nomes da gravura brasileira. Ele estava internado desde janeiro no Rio, em decorrência de uma pneumonia. Rossini fez uma grande doação de suas obras à Biblioteca Nacional, que podem ser vistas na BN Digital.
FBN I Acervo - Rossini Perez um artista preocupado com a preservação da memória da arte
Rossini Perez nasceu em Macaíba-RN, em 1931, na década de 1940, muda-se para o Rio de Janeiro onde, em 1951, passa a frequentar cursos ministrados por Ado Malagoli, na Associação Brasileira de Desenho e, por Oswaldo Goeldi, na Escolinha de Arte do Brasil, estabelecendo seu primeiro contato com matrizes de gravura.
Em 1953, ao visitar a 2ª Bienal Internacional de São Paulo, impressiona-se com as gravuras de Edvard Munch e, a partir daí, passa a se dedicar a essa técnica, iniciando estudos de gravura em metal com Iberê Camargo e Fayga Ostrower, fazendo da gravura o principal foco de sua arte.
Em 59 participa do Atelier de Gravura do recém inaugurado Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A partir daí dedica-se , paralelamente à sua produção, ao ensino das técnicas na África e América Latina. Na década de 60 vive em Paris por 10 anos o que facilita a participação em exposições e cursos na Europa.
Na década de 80, Rossini faz à Biblioteca Nacional uma grande doação de gravuras e cartazes, entre gravuras em metal, litografias e serigrafias. A partir de 2010, volta a fazer doações para o acervo da Iconografia e, com uma forma de agir admirável e generosa, faz questão de que suas peças sejam divulgadas através de imagens digitais. Além disso, acompanha a compilação das informações acerca de suas obras. Receber o autor das gravuras disponível e disposto a contemplá-las e discorrer sobre elas, elucidando quanto ao processo de produção artística é fato digno de consideração e alegria.
Sua mais recente doação contempla uma forma de arte a que ele sempre se dedicou e que torna-se mais e mais significativa a cada dia: a fotografia. Rossini contempla a cidade do Rio com olhos carregados de sensibilidade, mirando e captando desde detalhes arquitetônicos a espaços urbanísticos focalizando nossas perdas e ganhos. São fotos de 1976 que participaram recentemente de exposição no Museu de Arte do Rio(MAR).