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Revista Klaxon e a formação de uma identidade nacional
Revista Klaxon
Há 98 anos, três meses depois da Semana de Arte Moderna, a Revista Klaxon foi lançada. Ela foi um dos instrumentos de comunicação utilizado para veicular o modernismo brasileiro, que nada mais era do que uma ruptura com a arte e a literatura clássicas europeias que eram adotadas no Brasil daquele período. Até aquele momento, o Brasil seguia as tendências da Europa na arte e literatura, copiando suas letras, cores e estilos. A Semana de Arte Moderna marcou o início da ruptura dessa tradição, buscando uma identidade nacional.
Os artistas plásticos e escritores modernistas buscavam a valorização da cultura popular brasileira, mostrando as falas e as cores do povo em suas obras. Enquanto a Europa seguia os padrões da norma culta, os escritores modernistas rompiam com a gramática tradicional e escreviam em uma linguagem coloquial, que evidenciava o jeito que o povo brasileiro de comunicava.
Os artistas europeus pintavam retratos recatados e em tons pastéis, já os artistas modernistas brasileiros pintavam o povo brasileiro com cores quentes, buscando retratar cenas reais e representativas da cultura popular. Essa ruptura foi muito questionada e até mesmo mal vista por grande parte da sociedade que acreditava que devíamos seguir os padrões europeus.
Entre os colaboradores e organizadores da Revista Klaxon estão Guilherme de Almeida (1890 - 1969), Sérgio Milliet (1898 - 1966), Oswald de Andrade (1890 - 1954), Mário de Andrade (1893 - 1945), Luis Aranha (1901-1987) e Rubens Borba de Moraes (1899 - 1986). A revista produziu 9 fascículos de maio de 1922 a janeiro de 1923, sendo os dois últimos uma edição dupla.