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Marco Lucchesi participará da Conferência Bibliotecas em Diálogo, no Vaticano, de forma virtual
Presidente da FBN envia carta ao Papa Francisco
Leia abaixo um trecho da carta enviada ao Papa Francisco pelo presidente da FBN. Marco Lucchesi participará da Conferência Bibliotecas em Diálogo, promovida pela Biblioteca Apostólica Romana, entre os dias 14 e 16 de novembro, de forma virtual - um problema oftalmológico inesperado o impediu de embarcar para participação presencial e encontro com o Pontífice. A FBN também enviou um presente ao Papa: um exemplar do livro “A Biblioteca Nacional da Crônica da Cidade”, de Iuri Lapa e Lia Jordão. Uma caixa personalizada foi montada especialmente para abrigar a publicação.
A Conferência Bibliotecas em Diálogo reunirá representantes das maiores bibliotecas do planeta, que assinarão um documento conjunto sobre o papel das bibliotecas no futuro. A FBN firmou, em março deste ano, um memorando de entendimento com a Biblioteca do Vaticano – umas das instituições culturais mais antigas do mundo - para cooperação mútua.
“A Biblioteca Nacional do Brasil, Santo Padre, constrói pontes em vez de muros; diálogos, não monólogos. Inspira confiança entre os vizinhos, de portas abertas, profundamente acolhedora, sem discriminar leitores e visitantes, oferecendo-lhes horizontes de cuidado e emancipação.
E um elemento solidário, quando atendemos às partes mais remotas do Brasil, quando ministramos cursos de restauro nos países africanos e da América-Latina, ou quando as doações de livros editados pela BN adquirem uma perspectiva sensível, de que destaco a defesa da leitura no espaços de privação de liberdade.
Defesa da memória, diversa e plural. A Biblioteca posiciona-se contra a dissolução da identidade, contra as práticas veladas, ou abertas, de epistemicídio.
A Biblioteca é um fórum permanente, onde nos tornamos contemporâneos, sem intervalo temporal, de Homero e Camões, Gelman e Goethe, Lima Barreto e Cervantes. Uma vasta riqueza da tradição oral, das várias etnias que nos dizem.
Um olhar mais forte e emergente, a partir de uma integração das casas de memória e de leitura, ecossistemas da diversidade, para um futuro autossustentável”.