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Portugal se junta à comemoração dos 200 anos da Independência
Brasil e Portugal estão agora oficialmente juntos nas comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil. Uma visita à BN, na última sexta-feira, dia 16 de junho, do embaixador português, no Brasil, Luís Faro Ramos, do Cônsul-Geral, no Rio, Luís Gaspar da Silva e da diretora do Instituto Camões, Alexandra Pinho, selou o compromisso dos dois países na preparação de projetos que lembrem a data, em 2022.
A Biblioteca Nacional, como entidade brasileira responsável pelos eventos, irá fazer contatos com as instituições portuguesas que serão parceiras. O ex-embaixador, Francisco Ribeiro Telles, será o coordenador dos projetos pelo lado português.
“O Brasil convidou Portugal a associar-se à comemoração dos 200 anos da independência e Portugal vai fazer isso com muito gosto, pois nossa história está ligada. E a lembrança dos 200 anos é uma excelente ocasião para aprofundarmos a cooperação entre várias instituições. No momento, estamos tentando descobrir quais são as ideias que começam a aparecer no Brasil, para vermos como podemos incluí-las em nossa associação ao bicentenário”, afirmou o embaixador Luís Faro Ramos, que pediu um plano de trabalho detalhado para ver o que pode entusiasmar os portugueses. Segundo ele, o embaixador Francisco Telles visitará, brevemente, a Biblioteca Nacional.
O presidente da BN, Rafael Nogueira, lembrou a importância de se buscar novos conhecimentos sobre o assunto, pois percebe-se que muita coisa ainda precisa ser lida e estudada.
“Não acho que estamos satisfeitos com tudo o que foi escrito sobre 1822. A cada hora, surgem novas facetas sobre os acontecimentos daquela época. Aqui, na BN, temos quatro volumes de 800 páginas de panfletos escritos na ocasião da Independência, entre 1820 e 1824, no contexto da formação do Brasil independente. Tenho a visão de que não devemos reescrever nem inventar a história, mas temos que, com estudo, mediante ciência, acrescentar novos conhecimentos”.
A diretora executiva, Maria Eduarda Marques, lembrou que a BN já está organicamente ligada com instituições portuguesas, como o DGlab e a Biblioteca Nacional de Portugal. “Como temos aqui grande parte do acervo dessa memória comum, podemos fazer trocas, com exposições conjuntas e publicações.” Maria Eduarda explicou que a criação da Biblioteca Nacional foi importante para a consolidação da Independência do Brasil. Neste sentido, a independência do Brasil é, particularmente, importante para a história da BN”.
Nos próximos dias, o presidente Rafael Nogueira fará contato com a diretora da Biblioteca Nacional de Portugal, Maria Inês Cordeiro, e com o diretor do DGLab, Silvestre Lacerda, para o início da formatação dos projetos e, também, com o vice-reitor da Universidade de Coimbra, onde, segundo ele, estudaram juntos os verdadeiros realizadores da Independência do Brasil, como José Bonifácio.
Ester Lima