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Palácio Capanema será destinado à cultura nacional e voltará a abrigar Biblioteca Euclides da Cunha, ligada à FBN
No último dia 07 de julho, em reunião realizada com a Secult (Secretaria Especial de Cultura) e instituições afiliadas, ficou decidido que o palácio da Capanema abrigará instituições de caráter cultural multivariado com o fim de sua reforma. Na reunião estiveram o secretário especial da Cultura, Hélio Ferraz, o presidente da Biblioteca Nacional, Luiz Carlos Ramiro Júnior; o presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes), Tamoio Marcondes; o diretor-presidente da Ancine (Agência Nacional), Alex Braga; representantes do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), da Fundação Palmares e da Casa Civil. A Funarte e Ancine transferirão suas sedes principais para o prédio e a própria Secult terá aí um gabinete.
A Fundação Biblioteca Nacional pleiteia 4 andares no Palácio Capanema: um andar da Biblioteca Euclides da Cunha e um andar da Divisão de Música (DIMAS) que já foram contemplados na reforma com preparativos para recepção dos acervos. Afora esses, os outros dois andares seriam destinados ao EDA (Escritório de Direitos Autorais), ao Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC-FBN), ao Projeto Resgate Barão do Rio Branco, ao Programa de Tradução, e a partes administrativas da instituição. A Biblioteca Euclides da Cunha, ligada à Fundação Biblioteca Nacional, tinha sua sede originalmente sua sede no Capanema. Atualmente está localizada na avenida Presidente Vargas, 3131, sala 704, no edifício Teleporto. A reunião ocorrida no próprio palácio decidiu seu retorno ao Capanema.
O palácio Capanema foi inaugurado em 1945 é um prédio considerado histórico na cidade, e estava em obras desde 2014. Entre seus projetistas estão Oscar Niemayer (1907-2012) e Lúcio Costa (1902-1998). Seu terraço-jardim foi desenhado pelo arquiteto e paisagista Burle Marx (1909-1994) e receberá um café administrado pela iniciativa privada. Até essa reunião era pública a possibilidade de abrigar órgãos do poder Judiciário e até mesmo o prédio ser leiloado. O final das obras pelas quais passa e sua entrega estão previstas para a primeira quinzena de setembro. Sua reinauguração terá como marco um concerto na Sala Sidney Miller, da Funarte, em parceria com a Escola de Música da UFRJ.
Uma das motivações elencadas pelos presentes é ocupar o prédio para ajudar no esforço de revitalização do Centro do Rio, consagrando o Capanema ao setor da Cultura. Com a reunião do último dia 07 de julho, sua vocação cultural parece ter encontrado uma confirmação definitiva: todos os espaços serão dedicados à vida cultural do país, desencorajando outras disputas pelo prédio.