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Fotos de relíquias egípcias destruídas no incêndio do Museu Nacional são identificadas na BN
O incêndio no Museu Nacional (MN) completou cinco anos e as obras de restauração devem terminar somente em 2028. Enquanto isso, a luta pela recuperação da memória do acervo perdido continua. Com a ajuda da Biblioteca Nacional, a equipe do Laboratório de Egiptologia do MN conseguiu identificar, no acervo iconográfico da BN, imagens de relíquias egípcias: são fotos tiradas por Marc Ferrez, no final do século XIX, de estelas (espécie de tabuleta de pedra com hieróglifos) que foram destruídas ou danificadas durante o incêndio.
A equipe acredita que estes sejam os únicos registros documentais das estelas. A Biblioteca Nacional trabalha agora na digitalização do material.
Também foram identificadas no acervo da BN, pelos egiptólogos do Museu Nacional, obras pouco conhecidas. Algumas delas possivelmente são calques de relevos parietais de inscrições de construções no Egito. Os calques são feitos com um papel específico em uma superfície de baixo ou alto relevo para capturar detalhes dos desenhos e sua análise envolve estudos de Epigrafia. Ou seja, são obras inéditas e de interesse dos pesquisadores do MN, já que são raríssimas e foram adquiridas por D. Pedro II em sua primeira viagem ao Egito.
Devido ao interesse em aprofundar os estudos sobre as obras únicas de temática egípcia, o Laboratório de Egiptologia fez um convite à Biblioteca Nacional para retribuir a visita e estreitar os laços entre as duas instituições.