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Lançamento: livro “Às Margens do Ipiranga”
Às Margens do Ipiranga: Livro utiliza acervo da Biblioteca Nacional para reconstituir os passos de D. Pedro em 1822.
Há dois séculos, um jovem de apenas 24 anos percorreu mais de 1.400 quilômetros em uma viagem de um mês, do Rio de Janeiro até São Paulo e Santos. O destino do Brasil foi decidido nesta viagem, quando d. Pedro proclamou a Independência do país em 7 de setembro de 1822.
De modo geral, os acontecimentos políticos de antes e depois são muito conhecidos. Mas, e a viagem, como d. Pedro chegou às margens do Ipiranga? Qual foi o trajeto utilizado, por quais cidades ou vilas passou? O que havia nelas de interessante? Como as viagens eram feitas no começo do século XIX e quem acompanhou o então príncipe regente?
O escritor e historiador gaúcho Rodrigo Trespach responde essas e muitas outras dúvidas em ‘Às margens do Ipiranga’, livro que está sendo lançado pela editora Citadel, agora em setembro.
Tendo como base um amplo conjunto de fontes primárias e bibliográficas, Trespach conta como o hiperativo d. Pedro cruzou cidades, vilas e povoados, vales, várzeas e colinas, atravessou rios e arroios; emitiu decretos, destituiu governos, nomeou gente para cargos públicos e concedeu patentes militares a sua guarda de honra, assistiu a missas, plantou árvores, apostou carreira, comeu com a escravatura e achou tempo para encontros sexuais.
O livro também explora a participação de José Bonifácio e d. Leopoldina na sessão do Conselho de Estado (2 de setembro), que decidiu pela separação com Portugal. Trespach afirma que entre as muitas fontes primárias utilizadas, como relatos biográficos, livros de memória e descrições de viagens, estão os jornais de época, periódicos que fazem parte do acervo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional. Especialmente os jornais Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, Gazeta do Rio e o Correio Mercantil, ajudaram o pesquisador, que é membro do IHGRGS, a entender a vida no Brasil de 1822 e reconstruir eventos importantes daquele ano, como o Dia do Fico (9 de janeiro), a coroação de d. Pedro (12 outubro) e a coroação (1º de dezembro).
Trespach destaca a importância da Biblioteca Nacional para a pesquisa: “É nossa mais importante instituição de pesquisa, repositório da história nacional, sem o qual não teríamos memória nem identidade”.
O livro ‘À margens do Ipiranga’ está disponível nas principais livrarias do país.