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Acordo de cooperação entre os ministérios da Cultura e da Saúde para execução do projeto foi assinado hoje, na Biblioteca Nacional
FBN fará parte da curadoria do Memorial da Pandemia de Covid-19
Nísia Trindade, ministra da Saúde. Marco Lucchesi, presidente da FBN, e Margareth Menezes, ministra da Cultura.
As ministras da Cultura, Margareth Menezes, e da Saúde, Nísia Trindade, assinaram nesta sexta-feira (9/8), na Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para desenvolver ações conjuntas que vão contribuir com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030, a qualidade de vida da população e a garantia dos direitos à saúde e à cultura, com foco especial nos grupos mais vulnerabilizados e historicamente excluídos.
Uma das ações previstas é o Memorial da Pandemia da Covid-19, apresentado em março deste ano, durante seminário em Brasília. Agora, o acordo efetiva a parceria firmada naquela ocasião para dar continuidade à instalação deste espaço no Centro Cultural do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. O local será destinado à memória e à reflexão sobre causas, consequências, enfrentamento e superação da crise sanitária provocada pela pandemia. A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura (Minc) – integrará a curadoria do projeto.
Em seu discurso, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, falou sobre a importância da participação da FBN:
“A ideia do memorial não é ser um guardião da memória, no sentido mais retentivo e tradicional. Ao contrário: é ser um difusor da memória, um construtor ao lado de outros atores. É muito importante a Biblioteca Nacional também estar nesse projeto, por seu acervo. Estamos diante de um projeto cultural e político, de termos a cultura como uma dimensão do fortalecimento da saúde, do Sistema Único de Saúde, e de termos também na cultura a visão da saúde como bem-estar - não só individual, como coletivo”, afirmou.
A Ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou a relevância da Biblioteca Nacional para o Brasil:
“É muito importante termos a dimensão do que significa termos uma biblioteca com essa representatividade, essa consideração de ser a décima maior do mundo, se dimensionarmos isso em termos de quantos países existem, quantas civilizações, países superdesenvolvidos... Nós temos ativos que são muito poderosos, e a realidade sobre a potência deste país ainda precisa aparecer, e a própria população se adonar e ter a consciência de sua real dimensão”, observou a ministra. “Recentemente, vi o presidente da Itália se surpreender com os acervos que temos aqui. Deixo minha profunda saudação a esse lugar, esse patrimônio nacional que é nossa biblioteca”, completou.
O presidente da FBN, Marco Lucchesi, celebrou o acordo firmado entre os ministérios e falou sobre projetos futuros da instituição no âmbito da saúde:
“A relação entre saúde e cultura é uma das mais virtuosas alianças. A própria história da Biblioteca Nacional conta um dirigente que já foi médico, como Ramiz Galvão, e outros eruditos que também passaram por essa casa reunindo as duas culturas. A Biblioteca Nacional possui em seu acervo um importante manancial das teses de medicina apresentadas na corte, a partir do século XIX, além de outros livros importantes, nos quais filosofia, medicina e caminham lado a lado”, afirmou.
“O acordo de hoje, embora inédito e histórico, celebrado entre os ministérios da Cultura e da Saúde, faz parte de uma longa trajetória. O seu ineditismo encontra-se na abrangência, nos grandes laços solidários dos projetos que promovem a igualdade e a democracia em nosso país. A Biblioteca Nacional terá um papel de destaque na curadoria do Memorial da Pandemia de Covid-19. Outro ponto importante, caras ministras, é o trabalho absolutamente necessário no campo da biblioterapia. Sobre as teses médicas, estamos reorganizando uma perspectiva unitária de reconhecimento e novas formas de classificação. Criaremos uma base de dados específica para este acervo. Importante ampliar as políticas de cuidados com servidores e colaboradores da Bibliotecária Nacional, ampliando a colaboração desses cuidados com o Ministério da Saúde”, completou Lucchesi.