Evento marca o lançamento oficial do inventário analítico de Lima Barreto

Aconteceu ontem (16/05) o lançamento oficial do inventário analítico de Lima Barreto, em cerimônia realizada no Auditório Machado de Assis, na sede da Biblioteca Nacional. O evento foi transmitido ao vivo pela internet (assista ao vídeo neste link) e contou com a participação do presidente da BN, Marco Lucchesi, na primeira mesa de debate.

Também compunham a mesa os professores Adélcio de Souza Cruz (UFV) e Carlos Henrique Juvêncio (UFF), além de Maria Fernanda Nogueira, servidora da BN e organizadora do inventário. Participaram da segunda mesa de debate os professores Denilson Botelho (UNIFESP) e Beatriz Resende (UFRJ), juntamente com Ivan Costa e Silva, da Livraria Belle Epoque.  

Na abertura do evento, Lucchesi lembrou das dificuldades enfrentadas por Lima Barreto durante sua vida, devido ao fato de ser negro, e reafirmou a importância da memória sobre a obra e a vida do escritor: “A lembrança de Lima Barreto deve ser uma lembrança que trabalha para o futuro”, afirmou o presidente da Biblioteca Nacional.

Memória do Brasil                                                                                                       

O inventário contém 1.134 documentos digitalizados e contém hiperlinks que permitem acesso remoto a alguns dos itens disponibilizados na BN Digital, incluindo textos literários, correspondências e documentos pessoais. O projeto do inventário é parte do compromisso institucional da Fundação Biblioteca Nacional com a UNESCO, em coaduno com o título de “Memória do Mundo do Brasil”, recebido por esse arquivo em 2017, reiterando a importância dessa documentação não apenas para aprofundamento de estudos sobre o escritor, mas igualmente sobre sociedade brasileira.

> Clique aqui e acesse o inventário.

Lima Barreto (1881-1922) foi responsável por uma vasta produção, que inclui não apenas contos e romances, como artigos de jornal, crônicas, ensaios e diários – além de correspondências trocadas com vários interlocutores sobre temas que vão desde questões pessoais, até suas ideias sobre liberdade, justiça, igualdade, relações interraciais e a dinâmica social no Rio de Janeiro no início do século XX.