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BN marca presença na instalação da Frente Parlamentar do Bicentenário
O presidente da Biblioteca Nacional, Luiz Carlos Ramiro Jr. participou, na última segunda-feira, dia 18 de abril, na Assembleia do Estado do Rio de Janeiro, da reunião de instalação da Frente Parlamentar do Bicentenário da Independência do Brasil, criada por iniciativa dos deputados Filipe Soares, Marcio Gualberto e Anderson Moraes.
Luiz Ramiro saudou a comemoração do bicentenário e lembrou que a Biblioteca Nacional é um órgão federal situado no Rio de janeiro, cidade que atravessa o Brasil como nenhuma outra e isso torna a nossa condição central para pensar o bicentenário da Independência, com soberania, liberdade e independência, os três termos usados pelas ações do governo federal.
“A forma com que a Alerj traz tudo isso, com um evento que começa pedindo a intercessão de Deus, e com os hinos Nacional e da Independência é algo raro e tem tudo para dar certo. “É raro ouvir falar de pátria e desses valores. É um movimento de resgate que é muito necessário. Esse exercício é central e único”, afirmou Luiz Ramiro, lembrando que a Biblioteca Nacional é instituição nacional, e através de suas ações cria representatividade para o país inteiro e para o mundo. “Na verdade, o mundo olha a Biblioteca Nacional porque não há outra biblioteca nacional. O Rio tem uma condição de capilaridade permanente, como lugar de visão nacional”.
Para Ramiro, 2022 é o ano mais importante para a Pátria dentro do século, como o foram 1922, 1972 e 1872 e, naturalmente, 1822.” É uma ação de resgate do Brasil, que é o que precisamos. Resgatar, salvar este país”, complementou.
O presidente da Biblioteca Nacional parabenizou os deputados pela iniciativa da criação da Frente Parlamentar, afirmando que a instituição está aberta a receber incentivos e fazer cooperações, tendo como cuidado maior a preservação, a memória, a difusão daquilo que merece.” Este é o nosso trabalho”.
O deputado Filipe Soares começou sua fala explicando que este é um momento importante para nossa história, que vem sendo atacada desde o início da República. Segundo ele, grupos tentam desde a primeira constituição manipular nossa história, para favorecer seus próprios interesses, ocultando símbolos nacionais, enquanto supervalorizam outros que nada representam.
“Essa Frente Parlamentar terá como meta de trabalho promover a valorização da nossa história até os dias atuais, enaltecendo nossas raízes, pois a independência de uma nação não se realiza em um único instante da história, sendo necessário um esforço constante de cada geração para alcançar novos patamares e preservar aqueles já alcançados. No bicentenário de nossa independência, lembramos nossa responsabilidade de garantir a liberdade, a soberania e a independência conquistadas por nossos fundadores e herdadas por nós. Esse é o nosso compromisso, é o nosso dever”, ressaltou.
Para o deputado Marcio Gualberto, a Frente Parlamentar querendo colaborar tem a intenção de contribuir para o resgate da verdadeira história, que tem grandes vultos como a princesa Isabel – o papel dessa mulher formidável - e de outras questões sobre as quais precisamos fazer um grande debate, sem amarras ideológicas. “Esse debate precisa acontecer, disse ele. “O bicentenário nos recorda que somos um país livre e assim queremos permanecer. Queremos um país que viva verdadeiramente a democracia na sua plenitude, não podemos aceitar que aqui ou ali, algumas pessoas com grande relevância flertem com o autoritarismo e queiram implodir nossas liberdades mais fundamentais, jogando fora das quatro linhas. Queremos recordar que é muito bom ter liberdade e viver num país democrático e o bicentenário nos traz a recordação de que o país tem uma brava gente brasileira que deseja continuar assim livre para expor dentro das leis e da respeitabilidade”.
O terceiro deputado a falar na reunião, Anderson Moraes, lembrou que o Sete de Setembro está chegando e o povo irá novamente às ruas para gritar por sua liberdade. Ele acha que dentro da grande maioria da população brasileira existe um grito de liberdade compara a situação atual com a de 200 anos atrás. “O Brasil tinha um nó na garganta e várias outras monarquias querendo influenciar dentro de nosso país, e hoje não é diferente disso. Temos um presidente eleito com quase 58 milhões de procurações em branco. As pessoas o colocaram para tomar as decisões mais importantes e vemos pessoas de fora, que nem eleitas foram, querendo comandar o país”. E finalizou pedindo que todas a meninas vissem nelas próprias uma Maria Leopoldina e cada rapaz se visse como José Bonifácio, “para que a gente possa ajudar o nosso D. Pedro I no grito de liberdade”.