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Evento aconteceu entre 21 e 23 de junho e reuniu peritos, cientistas e profissionais de museus
Biblioteca Nacional recebeu I Simpósio Brasileiro de Investigação Científica de Patrimônio Cultural
O presidente da FBN, Marco Lucchesi, participou da mesa de abertura do I Simpósio Brasileiro de Investigação Científica de Patrimônio Cultural
A Biblioteca Nacional (BN) recebeu, entre os dias 21 e 23 de junho, no Auditório Machado de Assis, o I Simpósio Brasileiro de Investigação Científica de Patrimônio Cultural, evento realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) em parceria com a BN. Durante três dias, peritos, cientistas, profissionais de museus e técnicos do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) debateram sobre a temática e foram apresentados aos resultados da cooperação técnica entre o IFRJ e o IBRAM.
A mesa de abertura contou com as presenças do presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi; da presidenta do IBRAM, Fernanda Castro; do diretor de Articulação Institucional do IFRJ, Aldembar Sarmento (representando o reitor da instituição, Rafael Almada); do diretorgeral do Campus Paracambi do IFRJ, David Braga; e do superintendentegeral da polícia técnico-científica da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Roger Vinicius Ancillotti.
O presidente da FBN, Marco Lucchesi, discursou na abertura do simpósio. Ele agradeceu a presença de todos, ressaltou a excelência dos trabalhos desenvolvidos pelos servidores da Biblioteca Nacional e a importância da preservação da memória:
“As instituições brasileiras que têm memória saíram machucadas, feridas - umas mais e outras menos. Mas é um ferimento de um “projeto fênix”, e agora nos cabe a reconstrução desse processo. Estamos todos empenhados, porque essa é a nossa pátria: ela é, também, a memória. É o nosso passaporte de futuro. E todas as formas e instrumentos de perquisição, análise e aprofundamento - para que todas as seguranças máximas se estabeleçam - devem ser empregadas”, afirmou Lucchesi.
Parceria
A Biblioteca Nacional mantém um Acordo de Cooperação Técnica com o IFRJ, que foi paralisado em função da pandemia e está sendo retomado. Há dois planos de trabalho, ambos sob a coordenação do professor Renato Freitas, do IFRJ. Um deles é dedicado ao estudo da poluição ambiental nas áreas de guarda de acervo e nos cofres de obras da BN, com a participação da servidora Jandira Flaeschen e da Coordenadoria de Conservação (COP).
O outro é desenvolvido pela servidora e doutoranda Isamara Carvalho, junto à UFMG e ao Laboratório de Ciência da Conservação da universidade, e objetiva o estudo histórico e de caracterizaçao material de um livro raro do século XV, pertencente ao acervo da BN. A parceria com o IFRJ proporciona o estudo do “Livro de Horas dito de D. Fernando (50,1,1)” através de técnicas avançadas como microscopia óptica, espectroscopia de fluorescência de raios X e espectroscopia de refletância por fibra óptica.
Para a realização destes exames, o IFRJ conta com o Laboratório Móvel, que conta com série de instrumentos portáteis para análises físico-químicas in situ e não destrutivas em obras de arte. Os resultados obtidos nas investigações são úteis principalmente para o processo de conservação, restauração e catalogação das obras analisadas.