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Biblioteca Nacional recebe doação de obras da artista plástica Fayga Ostrower
Renan Torres, colaborador da BN, Sonia Caldas, técnica em documentação, e Juliana Uenojo, chefe substituta da Seção de Iconografia, receberam as obras doadas. Crédito: Noni Ostrower
A Biblioteca Nacional (BN) recebeu, em maio deste ano, a doação de dezenas de obras da artista plástica Fayga Ostrower – entre pinturas, desenhos, xilogravuras, serigrafias, litografias, ilustrações, pôsteres e publicações diversas. A doação foi feita pelos filhos da artista - Anna Leonor Ostrower e Carl Robert Ostrower - como parte das comemorações do centenário de Fayga, celebrado em 2020.
“Sempre ouvi minha mãe falar que a arte é um patrimônio da humanidade. E ela nos deixou um legado precioso. Foi isso que inspirou a criação do Programa de doação de obras de Fayga para o Brasil. Privilegiamos museus e universidades públicas, como forma de garantir o acesso democrático ao acervo doado”, afirma Anna Leonor Ostrower.
A técnica em documentação Juliana Uenojo - atual chefe substituta da Seção de Iconografia e responsável pelo tratamento técnico do acervo de gravura estrangeira - fala sobre a importância da doação:
“A doação das gravuras, aquarelas, desenhos e matrizes xilográficas de Fayga Ostrower, além de publicações relacionadas à sua produção artística, é de grande valor para a Fundação Biblioteca Nacional. A obra desta artista, teórica da arte e educadora de primeira grandeza enriquece nosso acervo e reforça a missão da BN de preservar, divulgar e garantir o acesso democrático ao patrimônio cultural brasileiro, em especial à obra de uma mulher dedicada às questões da criação e da linguagem artísticas e, essencialmente, dedicada à arte como um percurso da existência humana, um caminho de vida”.
Sobre a artista
Nascida em 1920 na cidade de Lodz, na Polônia, Fayga Ostrower mudou-se para o Rio de Janeiro em 1934. Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais - como o Grande Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo (1957) e o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza (1958), entre outros.
Foi presidente da Associação Brasileira de Artes Plásticas entre 1963 e 1966. De 1978 a 1982, presidiu a comissão brasileira da International Society of Education through Art, INSEA, da Unesco. Fez parte do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro de 1982 a 1988. Em 1972, foi agraciada com a condecoração Ordem do Rio Branco. Em 1998, foi condecorada com o Prêmio do Mérito Cultural pelo Presidente da República do Brasil. Em 1999, recebeu o Grande Prêmio de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. A artista faleceu no Rio de Janeiro, em 2001. (Fonte: faygaostrower.org.br)