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Memórias do Carnaval
Batalha das Flores – Fotografia de Augusto Malta
Até a Quarta-Feira de Cinzas, publicamos a série de posts “Memórias do Carnaval”, colaboração da Divisão de Manuscritos.
As comemorações carnavalescas no Brasil tiveram origem por volta do século XVII, com o “entrudo”, uma brincadeira típica de algumas regiões de Portugal, em que os participantes iam para as ruas e atiravam uns nos outros – e também nos transeuntes desavisados – ovos, farinha, água e “limões de cheiro”, bolas de cera cheias de líquido perfumado.
Os primeiros bailes mascarados, nos quais se dançavam valsas e polcas, surgiram por volta de 1835, por influência europeia. Pouco depois vieram as sociedades carnavalescas, formadas pelos cidadãos da classe mais alta, os ranchos e os cordões, que agregavam os mais modestos.
Nas últimas décadas do século XIX surgiu no Brasil o que se chama de “corso”, uma agremiação carnavalesca que promovia o desfile de carruagens abertas, decoradas – os primeiros carros alegóricos. Os passageiros, geralmente fantasiados, iam atirando para os lados confetes, serpentinas e esguichos de lança-perfume. Por extensão, a palavra “corso” passou a ser usada para designar o próprio desfile, que se inspirava nas “batalhas de flores” do Carnaval de Nice.
Em 1902, Augusto Malta (1864 – 1957), um dos maiores fotógrafos do Brasil, documentou a passagem de uma carruagem decorada por uma avenida do Rio de Janeiro. O original se encontra na Divisão de Iconografia e pode ser visualizado na BN Digital pelo link:
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1450896/icon1450896.jpg
(Ana Lúcia Merege)