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25 de Junho | Centenário do Jornalista Carlos Castello Branco
Carlos Castello Branco - Jornal do Brasil
Castelinho, como também era conhecido, foi um dos grandes colunistas políticos da imprensa brasileira do século XX. Nasceu em 25 de junho de 1920 em Teresina (Piauí) e aos 14 anos fundou o periódico A Mocidade, editado no Liceu Piauiense. Em 1937 entrou para Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais, graduando-se em 1943. Nessa época trabalhou no jornal O Estado de Minas para poder pagar os estudos.
Em 1945 mudou-se para o Rio de janeiro, onde trabalhou na revista O Cruzeiro e nos jornais Diário Carioca, O Jornal e Tribuna da Imprensa. Com a compra do último pelo Jornal do Brasil em 1961, Castelinho foi absorvido e, por 10 anos, dirigiu sua filial em Brasília. Após um infarto deixou o cargo e dedicou-se apenas ao jornalismo político.
No Jornal do Brasil, manteve por 31 anos uma das colunas políticas mais lidas da imprensa brasileira: a “Coluna do Castello”. Reuniu seus escritos e publicou livros sobre o governo militar no país: “Introdução à Revolução de 1964” e “Os militares no Poder”. Profundo conhecedor dos bastidores do poder e preciso em interpretar os fatos políticos, foi admirado e temido pela classe política.
Assumiu a presidência do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal e travou uma série de embates com os militares. Após a promulgação do AI-5, foi preso e obrigado a depor no Departamento de Ordem Pública e Social (DOPS).
Por sua luta pela liberdade de imprensa, recebeu o “Prêmio Maria Moors Cabot”, o “Prêmio Mergenthaler de Liberdade de Imprensa” e o “Prêmio Nereu Ramos de Jornalismo”. Em 4 de novembro de 1982, foi eleito para a cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 1 de junho de 1993 em decorrência de problemas de saúde que o acometiam desde 1986.