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“Caminhos da Independência” é a nova exposição da Fundação Biblioteca Nacional, a ser lançada no próximo dia 31 de outubro
Na próxima segunda-feira, às 17 horas, será inaugurada no prédio sede da Fundação Biblioteca Nacional, com a curadoria de Edgard Leite Ferreira Neto, a abertura da Exposição “Caminhos da Independência, 1822-2022: 200 anos de Brasil”, em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil.
A exposição “Caminhos da Independência”, ficará aberta ao público de terça-feira (1º de novembro de 2022) até 30 de janeiro de 2023, no terceiro andar da Biblioteca Nacional. A mostra que conta com peças originais conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, curadoria do historiador e professor Edgard Leite, professor titular da UERJ e da UNIRIO, além de presidente da Academia Brasileira de Filosofia (ABF).
A concepção da exposição, de acordo com Edgard Leite, é o processo da independência do Brasil, que reflete a junção de interesses portugueses e interesses locais, que acabaram favorecendo a emancipação política do Brasil. Sua pesquisa foi baseada em determinados eixos temáticos e, portanto, direcionada a temas específicos referentes à Independência do Brasil em seu contexto, e realizada a partir do acervo digital da Fundação Biblioteca Nacional - BN Digital, se estendendo ao acervo de objetos e documentos, textos e imagens, possibilitados a partir do conhecimento técnico da equipe especializada da instituição, orientados especialmente por Mônica Carneiro, Coordenadora de Acervos Especiais.
A exposição será composta por peças do acervo da Biblioteca Nacional do Brasil, que dizem respeito ao processo de Independência, compreendida dentro de um contexto histórico mais amplo, iniciando no período colonial, passando pelo período da Revolução do Porto, a vinda da família Real Portuguesa para terras brasileiras, o processo de independência propriamente dito, e também o período posterior à emancipação política, até 1838. A exposição contará com gravuras, livros e documentos, até cortes importantes de textos que estão impressos e fazem parte do acervo da Fundação.
Ao trazer consigo o selo bissecular de sua história, a Fundação Biblioteca Nacional, a mais antiga instituição cultural do país, que no dia 29 de outubro completa 212 anos, brindará o público com uma exposição não apenas marcada pelo ineditismo, mas, também, pelo simbolismo, uma vez que, como relembra o curador, “a instituição esteve presente em todas as celebrações da independência do país, participando de alguma forma, seja no centenário da Independência do Brasil, no sesquicentenário, e, agora, no Bicentenário, a Fundação Biblioteca Nacional dá continuidade a sua tradição de celebrar os marcos comemorativos da independência do Brasil, introduzindo sempre um elemento de reflexão sobre a independência e seu significado.”
Para o curador da exposição, Edgard Leite, seu diferencial é o olhar com maior importância ao processo de continuidade institucional, que é um fenômeno observado desde o primeiro momento em que a independência do Brasil foi estudada e a continuidade entre Portugal e Brasil, do ponto de vista institucional, mostrando, assim, que o Brasil não emergiu do zero, como muitas repúblicas, mas de um arcabouço prévio.
A mensagem que o evento pretende passar com a exposição, de acordo com o curador, é que mesmo antes do advento, o país já possuía um germe de identidade nacional, que se mantém e se desenvolve, e que nossa independência ocorreu, de maneira muito sábia e equilibrada, já que as lideranças políticas brasileiras, em comum acordo com o príncipe Dom Pedro I, conseguiram consolidá-la com o mínimo de danos para a sociedade como um todo, diferente de países da América Hispânica, que sofreram com guerras civis sangrentas. Nossa independência foi, então, um movimento muito prudente e que, no geral, pode ser visto como um movimento marcado pela sabedoria e maturidade das nossas lideranças políticas.
O Brasil tem uma história particular, própria, que não pode ser comparada com outras, e uma história muito digna, no sentido que expressa a vontade dos brasileiros em ser independentes, serem livres, e que isso deve servir de inspiração continua para os brasileiros acreditarem no seu país e no seu futuro, afirma o curador.
Ainda de acordo com Edgard Leite, o Brasil é um país jovem que está em construção, ainda com muitos desafios na consolidação de sua identidade e definição de seus objetivos centrais, o que o torna um país singular. Para o curador, a nação ainda precisa amadurecer, para que seja possível mostrar sua originalidade e o que ela traz ao mundo. O Brasil, conclui, ainda será uma grande nação, capaz de dar o exemplo ao mundo, a partir de sua riqueza natural e da riqueza do seu povo.
A exposição “Caminhos da Independência”, realizada pela Fundação Biblioteca Nacional no ano do bicentenário de sua Independência, é uma iniciativa ímpar. Conforme disse o historiador e curador do evento, “o que se produz hoje ficará como uma reflexão importante para as próximas comemorações da independência do Brasil”.
A abertura da exposição “Caminhos da Independência, 1822-2022: 200 anos de Brasil” ocorrerá no dia 31 de outubro de 2022, às 17 horas, para convidados, na sede da Fundação Biblioteca Nacional, situada na Av. Rio Branco, nº 219, Centro, Rio de Janeiro.
Para todo o público a exposição estará disponível a partir de terça-feira, dia 1º de novembro de 2022.