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18 de Junho - Dia do Químico: Marie Curie e o Primeiro Nobel Feminino
Madame Curie a pioneira da era atômica - Manchete (RJ)
O Dia do Químico foi criado em 1956 por ocasião da promulgação da Lei nº 2800/56, que regulamentou o exercício da profissão e criou os Conselhos de Química. A formação em Química surgiu no Brasil no início da década de 1910 e hoje o país possui muitos cursos universitários na área.
A Biblioteca Nacional relembra o primeiro Prêmio Nobel conferido a uma mulher: Marie Curie. A cientista polonesa nasceu em 1867 com o nome de Maria Salomea Skłodowska e, apesar da proibição ao acesso de mulheres à educação formal em seu país – naquela época sob dominação da Rússia –, desafiou o status quo participando de grupos de estudos secretos. Chegou a cursar uma universidade clandestina, até que, impedida de prosseguir com sua formação, mudou-se para Paris, graduando-se em física em 1893.
Casou-se com o físico Pierre Curie e em 1903 dividiu com ele e Henri Becquerel o seu primeiro Nobel – de física –, ao demonstrarem a existência da radioatividade natural – termo cunhado por ela. Em 1911 foi premiada com o Nobel de Química por conta de suas pesquisas que levaram ao descobrimento dos elementos rádio e polônio. Marie Curie foi a primeira pessoa e única mulher a ganhar o Nobel duas vezes.
Curie também desenvolveu um radiógrafo – equipamento portátil para radiografias – utilizado durante a Primeira Guerra Mundial e apelidado de “petites Curies” (“pequenos Curies”, em francês). Fundou o Instituto do Rádio em Paris e em 1924 foi homenageada por Alfred Schoep, que nomeou um mineral de Sklodowskita. O elemento químico Cúrio, descoberto em 1944, também foi batizado em sua homenagem.
Morreu em 1934, vítima de leucemia decorrente da exposição à radiação durante sua carreira. Foi a primeira mulher a ser sepultada no Panteão de Paris.