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Lives da Independência | Caminhos da Independência no Rio de Janeiro
A história da independência do Brasil é um processo complexo, que se desenvolveu através da conjunção de vários interesses e da mudança de percepção dos principais atores políticos e econômicos do futuro Império diante da construção contextual criada a partir da Revolução do Porto e o subsequente intento das cortes de Lisboa de rebaixar o Brasil à condição de colônia. Trata-se de uma dinâmica intricada que não se restringe ao apanhado descrito nos livros, ou na célebre pintura de Pedro Américo, indo, portanto, muito além. A efetiva compreensão desse grande episódio histórico pode ser alargada ao se reconstituir os caminhos tomados por Dom Pedro I, que o levaram do Rio de Janeiro, onde planejou a ruptura, à Minas Gerais, em busca de apoio, e finalmente a São Paulo, onde proferiu o célebre grito do Ipiranga. Deveras, a sucessão de eventos que culminou na independência foi, nos seus aspectos mais fundamentais, engendrada no Rio de Janeiro.
No início dos anos 1820, a cidade foi o palco de alguns dos acontecimentos políticos mais importantes do percurso que promoveu o rompimento definitivo do Brasil com Portugal e a instituição do novo Estado soberano. Além de ser o centro cultural do território brasileiro, elevado à categoria de reino unido por Dom João VI em 1815, o Rio abrigava a corte; a sede do poder do futuro país. Nele se encontravam as principais forças sociais e econômicas, agentes políticos e elementos constitutivos do aparelho de Estado, que se consorciaram ao então príncipe regente, Pedro de Alcântara, e foram decisivos para que o monarca se lançasse em sua ousada empreitada de instituição da pátria brasílica.
Os caminhos da independência no Rio de Janeiro serão abordados pelos palestrantes desta videoconferência, despontando os lugares e ocasiões onde se articularam o príncipe, a Igreja, os comerciantes, a maçonaria, a princesa Leopoldina, Bonifácio Andrada, os militares e os burocratas. As paisagens e itinerários culturais representam construções sociais dos povos em interação com a natureza. Os caminhos percorridos pelas populações, suas vias de acesso aos recursos naturais, as interligações entre as comunidades, bem como suas técnicas laborais e meios de subsistência, impregnam os lugares, lhes conferem identidade. As paisagens e os caminhos nela traçados podem ser testemunhos de fatos ligados à história das nações ou lócus referencial de comunidades remanescentes, que guardam tradições pelos seus próprios modus vivendi. As marcas do homem em seu território serão sempre passíveis de registros identitários, memoriais e afetivos.
Essas marcas que iremos destacar, do ponto de vista do Patrimônio Cultural, são os caminhos percorridos por D. Pedro e os bens tombados pelo INEPAC, que se encontram registrados nessas paragens.
A Fundação Biblioteca Nacional convida para um episódio da série “200 da Independência”: Caminhos da Independência no Rio de Janeiro.
Com Leonardo Trindade (INEPAC), Evandro Luiz (INEPAC) e Sérgio Linhares (INEPAC)
Data: 06 de outubro de 2022.
Horário: 17h
Leonardo Trindade Alves: Historiador, Graduado em História pela UFF. Diretor do Departamento de Pesquisa e Documentação do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro – INEPAC – Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.
Evandro Luiz de Carvalho: Pesquisador no Departamento de Pesquisa e Documentação do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro – INEPAC – Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. Mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais pelo Centro de Pesquisa e Documentação – CPDOC - da Fundação Getúlio Vargas. Doutorando em Estudos Culturais da Universidade do Minho - Portugal.
Sérgio Linhares Miguel de Souza: Historiador do Departamento de Pesquisa e Documentação do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro – INEPAC – Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. Graduado em História e Mestrado incompleto em Educação pela UERJ, Mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais pelo Centro de Pesquisa e Documentação – CPDOC - da Fundação Getúlio Vargas.
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