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Lives da BN | Imigração japonesa em Parintins, Amazonas - registros em fontes de outros estados
Em episódio da série “Lives da BN”, os professores Aldenor da Silva Ferreira (UFMS) e Michele Eduarda Brasil de Sá (UFMS e PNAP-FBN) tratam de como a partir da década de 1930, um pequeno grupo de imigrantes japoneses chegou à Amazônia, tendo como primeira morada a Vila Batista, no município de Parintins/Amazonas, mais tarde renomeada como Vila Amazônia.
O processo de emigração japonesa para o Brasil de maneira geral e para a Amazônia foi, de maneira específica, construído em decorrência da vontade mútua dos governos de ambos os países. Os governadores dos estados do Amazonas e Pará tinham especial interesse em alavancar o desenvolvimento da região, estagnada economicamente após a debacle da borracha.
O processo todo envolveu cuidadoso planejamento. Uma equipe veio estudar o local antes de enviar o primeiro grupo de kôtakusei - assim chamados os alunos formados pela Kokushikan Kôtoku Takushoku Gakkô, a "Escola Técnica Nacional de Desenvolvimento Agrícola". Na escola os rapazes se preparavam por cerca de um ano, estudando língua portuguesa e aspectos da cultura, da geografia, da política e da economia do Brasil. A primeira turma chegou em 1931 - há 90 anos.
Ao todo, foram 7 turmas de kôtakuseis, perfazendo um total de 244 jovens. A presença japonesa na região Amazônica mudou a face econômica e social da região, fundamentalmente, a sua agricultura. Com a aclimatação da juta indiana, um novo ciclo econômico de riqueza e prosperidade surgiu na região, ocorrendo o mesmo, mais tarde, com a introdução da lavoura da pimenta-do-reino no estado Pará. Os imigrantes japoneses inauguraram, por exemplo, a agricultura dos NPKs e da tratorização na Amazônia.
Esta live mostra um pouco da história destes imigrantes japoneses e apresenta, através de itens do acervo da Biblioteca Nacional, como as informações sobre eles chegavam a outros lugares do Brasil.
A Fundação Biblioteca Nacional convida para um episódio da série "LIVES DA BN"
Segunda-feira, 21 de junho de 2021, às 17:00
Imigração japonesa em Parintins, no Amazonas - registros em fontes de outros estados
Por Aldenor da Silva Ferreira (UFMS) e Michele Eduarda Brasil de Sá (UFMS e PNAP-FBN)
Aldenor da Silva Ferreira é Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) (2005). Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educação também da UFAM (2006) e Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela mesma Universidade (2009). Doutor em Ciências Sociais pelo Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Vencedor do Prêmio Samuel Benchimol em 2010 na categoria Econômico-Tecnológica e em 2014 na categoria Social. Desenvolve pesquisas nas áreas de Sociologia Rural e Sociologia Ambiental, investigando os seguintes temas: ecodesenvolvimento, etnoconhecimento, campesinato, agricultura familiar, assentamentos rurais e história da agricultura, com destaque para a imigração japonesa e sua contribuição para a agricultura brasileira. Atualmente, é Professor Adjunto I da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), campus de Naviraí.
Michele Eduarda Brasil de Sá é professora da Faculdade de Letras da UFRJ, em exercício provisório desde 2019 na UFMS (licença para acompanhamento de cônjuge, art. 84, parágrafo 2o, lei 8.112/90). Concluiu o doutorado e o mestrado em Letras (Letras Clássicas) pela UFRJ. Na área de Letras (graduação), tem habilitações em português, latim, japonês e literaturas pela UFRJ. É graduada também em Direito (FBCJ), Relações Internacionais (Centro universitário da Cidade - RJ) e Filosofia (Unisul). Foi professora na UFRJ, na UFAM (2007-2012) e na UnB (2013-2018). É membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (PPGEL-UFMS). É autora do livro "A imigração japonesa no Amazonas à luz da Teoria das Relações Internacionais" (EDUA, 2010). Foi contemplada com a bolsa do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa de 2020 da Fundação Biblioteca Nacional, onde desenvolve a pesquisa “Estudo preliminar do ‘VOCABVLARIO DA LINGOA DE IAPAM’ como ferramenta de tradução”.
Ambos são líderes do GTJAP - Grupo de Pesquisas Transdisciplinares sobre o Japão (UFMS), cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq.
O evento é online e transmitido no canal da FBN no Youtube:
www.youtube.com/c/FundacaoBibliotecaNacional
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