Aristocracia negreira na construção do Brasil: o comércio proibido de africanos e a nobreza imperial pelas páginas da imprensa abolicionista
Thiago Campos Pessoa Lourenço
Bolsista Doutor
Processo SEI 01430.000505/2021-18
O projeto a seguir parte da perspectiva de que a independência do Brasil inaugurou um “Estado negreiro” escravista. Assim, afirmamos que o país recém-formado defendeu o comércio negreiro sob o signo do contrabando por meio das agências de suas elites dirigentes e da multifacetada classe senhorial brasileira. Um dos principais resultados desse processo foi a construção de uma aristocracia traficante, elemento silenciado pela coesão de classe habilmente conduzida pelos políticos saquaremas. O silêncio produzido pelo Estado imperial foi, entretanto, captado pelos jornais O Philantropo e O Grito Nacional publicados entre 1848 e 1858. Pretendemos explorar seus números que denunciaram o protagonismo daqueles que personificaram a íntima relação do Estado brasileiro com o contrabando de pessoas juridicamente livres.
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