Folhetins Teatrais e Conservatório Dramático Brasileiro: o espetáculo francês nos palcos da corte (1843-1864)
Mariana de Oliveira Amorim
Bolsista Nível 3 - Graduanda
O teatro, principal entretenimento noturno da corte imperial brasileira, palco de disputas políticas e de poder, símbolo de civilidade e de modernidade é, sem duvidas, um importante tema nos estudos de história social cultural, sobretudo do século XIX. Através dele, podemos observar a efervescência cultural da época, as motivações e interesses dos homens de letras, dos dramaturgos, dos empresários e também do público. Um lugar privilegiado de acesso à cultura e à mentalidade brasileira dos oitocentos. É através dos palcos que este artigo buscará dar conta de aspectos referentes à cultura oitocentista fluminense, sobretudo no que diz respeito à assimilação e apropriação da cultura francesa em um momento em que se iniciam os esforços de construção da própria nação brasileira. Para tanto, iremos examinar as atividades do Conservatório Dramático Brasileiro, instituição responsável pela censura das peças teatrais que foram apresentadas na corte entre os anos 1843 e 1864 e também examinaremos as críticas teatrais contidas em importantes jornais da época, localizadas nas partes intituladas “folhetins teatrais”. O foco de nossa análise concentrar-se-á na recepção das peças teatrais francesas na corte brasileira procurando compreender em que medida elogios e críticas foram tecidos ao repertório parisiense apresentado no Rio de Janeiro em meados do século XIX e como este contribuiu para a construção e consolidação do próprio teatro nacional. Este trabalho foi realizado mediante consultas aos setores de Periódicos e Manuscritos, que compõem parte do acervo da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
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