A Metaficção Historiográfica na Literatura Goiana: dois autores, duas obras
Patrícia Espíndola Borges
Bolsista Nível 2 - Graduada
Esta dissertação tem como objetivo discutir a metaficção historiográfica nos livro A Casca da Serpente, de José J. Veiga e Sete Léguas de Paraíso, de Antônio José de Moura. Inicialmente discutir-se-á a concepção de história e literatura, baseando nos estudos teóricos de Hayden White, George Lukács, Aristóteles e Linda Hutcheon, dentre outros. A partir dessa discussão estabelecer-se-á a distinção entre o romance histórico e a metaficção historiográfica. Valendose das características desta, em especial a paródia e a ironia, mostrar-se-á que as obras analisadas pertencem à vertente da Pós-Modernidade. Para traçar um paralelo entre a obra de José J. Veiga e a História da Guerra de Canudos, usou-se como base o livro Os Sertões de Euclides da Cunha e outros materiais de apoio; para traçar o paralelo entre a obra de Antônio José de Moura e a história de Benedita Cipriano, usou-se de jornais da época, entrevistas e livros e pesquisas que abordam o assunto. Como as obras que compõem o corpus ativo são referentes a movimentos messiânicos, complementando com a visão que se tem da religião nos tempos de Pós-Modernidade. No final do estudo, evidencia-se como a literatura tem o poder de subverter a história, transformando-a em outros discursos, fazendo com que essa tome uma nova roupagem, levando o leitor a refletir e contestar a “história oficial”.
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