O violão na corte imperial
Marcia Ermelindo Taborda
Bolsista Residente
Este trabalho focaliza duas faces do processo de difusão do violão na sociedade carioca oitocentista: o ambiente elitista que fomentou a prática do instrumento e o meio social dos artesãos, mestres que promoveram o estabelecimento desta manufatura, cujas oficinas estavam em geral localizadas nas ruas mais desvalorizadas do centro da cidade.
Surgido em algum lugar entre Itália e França em fins do século XVIII, o violão alcançou grande popularidade nos salões Europeus, notadamente em Viena, onde o violonista e compositor Mauro Giuliani manteve estreito contato com a família real dos Habsburgo, e especialmente com Marie Louise, irmã de Leopoldina, futura Imperatriz do Brasil. O que se pode depreender da documentação consultada é que o violão, enquanto moda europeia, foi difundido não apenas no Rio de Janeiro mas em todo o país e o salão das classes dominantes, seja o da imperatriz Leopoldina ou da elite de estrangeiros, foi o ambiente que o acolheu, gerando moeda de alto valor simbólico no processo de aceitação pela sociedade geral.
Por outro lado, para que se pudesse tocar violão, era necessário antes de tudo, construí-lo e este artesanato configurou-se como uma tradição que acompanhou os diferentes momentos da cultura musical em que estes instrumentos estiveram presentes. Como será possível avaliar, a quase totalidade de violeiros estabelecidos no Rio de Janeiro do século XIX, manteve-se na condição de representantes de um ofício socialmente pouco valorizado.
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