Governar a miséria: pobreza e marginalidade na América portuguesa (c. 1700-1808)
Renato Franco
Bolsista Residente
O presente projeto investiga as ações relativas à pobreza na América portuguesa, ao longo do século XVIII. As novas formas de lidar com a miséria e a marginalidade foram assuntos constantes na cultura letrada ocidental e forneceram subsídios para a atuação política, de forma a tornar útil uma grande parcela das populações considerada vadia e ociosa. Em Portugal, o fenômeno é tributário especialmente das reflexões do reformismo ilustrado e objetivado na criação da Intendência de Polícia (1760) e nas casas de trabalho forçado (1780). Entretanto, esta pesquisa centra foco no repertório de ações feitas na América portuguesa, um território sem estabelecimentos específicos de polícia até 1808, e com a presença maciça de africanos, indígenas, brancos e mestiços. Não obstante as especificidades, os administradores coloniais não se furtaram a ações de controle, típicas da Europa ilustrada.
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Comunicação apresentada na 2ª Jornada de Pesquisadores publicada nos Anais 135-136 da FBN
Pobreza e marginalidade na América portuguesa: reformismo ilustrado, economia política e policia
Evento
2ª Jornada de Pesquisadores da Fundação Biblioteca Nacional
Artigo
Riqueza, pobreza e infância: o reformismo ilustrado português e a utilidade dos expostos
Texto publicado na Revista História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Volume: 26 Suplemento 1 (2019)