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Coleções da Seção de Manuscritos | Castro e Silva
A Coleção Castro e Silva é factícia, visto ter sido formada na Biblioteca Nacional com documentos de diferentes proveniências.
Seu titular, Manuel do Nascimento Castro e Silva (Aracati, SE, 1788 – Rio de Janeiro, 1846), iniciou sua carreira pública aos 19 anos de idade, trabalhando para a Fazenda Real. De 1807 a 1820 exerceu vários cargos públicos: tabelião, escrivão, inspetor do algodão, secretário do Governador do Ceará. Em 1822 foi eleito deputado às Cortes Portuguesas e viajou para Lisboa a fim de representar sua província – um dos outros deputados cearenses era José Martiniano Pereira de Alencar, que, alguns anos depois, viria a se tornar pai do futuro escritor José de Alencar.
Castro e Silva regressou ao Brasil em junho de 1823, tarde demais para participar da Constituinte. Em 1824, após ter sido agraciado por Pedro I com a Imperial Ordem do Cruzeiro, foi nomeado presidente da província do Rio Grande do Norte, cargo que deixou cinco meses depois para assumir uma cadeira de deputado pelo Ceará. Desde então representou sua província por sete vezes. Em 1837 assumiu o Ministério da Fazenda, e lá escreveu vários trabalhos importantes, que forneceram as bases para os regulamentos fiscais e alfandegários vigentes até hoje no Brasil.
Em 1841, Castro e Silva se tornou senador. Algum tempo depois concluiu o ajuste de contas entre o Brasil e Portugal, quitando as dívidas pendentes após a Independência. Por sua atuação, foi condecorado com mais duas comendas, a da Imperial Ordem da Rosa e a portuguesa Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Faleceu aos 57 anos de idade.
Veja, na BN Digital, um dos documentos da coleção: o Índice de portarias, provisões, sentenças, acordão, cartas régias, resolução, etc... de 1428 a 1790.
https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1612188/mss1612188.pdf
Ana Lúcia Merege
(Seção de Manuscritos)