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Coleções da Seção de Manuscritos | Castelo Melhor
Esta coleção foi produzida e acumulada pelos detentores e herdeiros do título de Marquês de Castelo Melhor. O título foi concedido em 1766 por D. José I de Portugal a José de Vasconcelos e Sousa Caminha da Câmara Faro e Veiga – uma espécie de “elevação” na hierarquia da nobreza, visto que o agraciado já detinha o título de o 4º Conde de Castelo Melhor.
Um dos filhos de José de Faro e Veiga (que não herdou o título de Marquês, por não ser o mais velho) foi Luís de Vasconcelos e Sousa, que exerceu o cargo de vice-rei do Brasil de 1778 a 1790. Por essa razão, boa parte dos documentos da coleção se refere ao Brasil: correspondência do vice-rei, alvarás régios, cartas geográficas, desenhos botânicos, projetos arquitetônicos. Destacam-se as aquarelas relativas à “Flora Fluminensis”, atribuídas a Gonçalo Muzzi, os projetos do engenheiro sueco Jacques Funck e o códice manuscrito “Guarnição do Rio de Janeiro com seus uniformes e mapas do número de homens dos regimentos pagos e dos auxiliares”, do engenheiro José Corrêa Rangel de Bulhões.
Com um total de 68 registros, a coleção foi adquirida dos herdeiros dos Marqueses de Castelo Melhor por meio de leilão público, em 1879. Já então possuía um instrumento de pesquisa: um catálogo de manuscritos preciosos, impresso em Lisboa no ano anterior. Atualmente pode ser pesquisada nos catálogos online.
Alguns documentos foram digitalizados e estão disponíveis para consulta na BN Digital. Um deles é o códice de Rangel de Bulhões, que, contando com várias tabelas e ilustrado com 43 aquarelas, constitui-se numa valiosa fonte de informação sobre o exército daquela época.
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_manuscritos/mss1286751/mss1286751.pdf
Ana Lúcia Merege
(Seção de Manuscritos)