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Arquivo em Cartaz
Mostra Acervos
Publicado em
09/10/2023 10h41
Atualizado em
08/11/2023 10h22
A Mostra Acervos apresenta uma seleção de filmes cuidadosamente escolhidos dos arquivos de importantes instituições brasileiras. Em sintonia com o tema do Arquivo em Cartaz deste ano, Filmes de Arquivo: memórias de um Brasil plural, a mostra oferece uma oportunidade de refletirmos sobre a importância e a urgência da preservação dos acervos audiovisuais, difundindo o potencial destes acervos enquanto dispositivos de memória de diferentes grupos e sujeitos, bem como, instrumento para a desnaturalização de desigualdades e a promoção da cidadania.
ASSISTA AOS FILMES AQUI.
O Centro Afro Carioca de Cinema, o Centro Técnico Audiovisual, a Cinemateca Brasileira, a Cinemateca do MAM, a Cinemateca Pernambucana, a Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural dos Estado da Bahia, o Instituto Cultural CULTNE e Projeto Vídeo nas Aldeias cederam filmes de seus acervos para compor a Mostra.
Os filmes ficarão disponíveis de 8 a 18 de novembro de 2023 em plataforma de streaming e também na programação da TV UnB, Canal Educativo e Canal Gov, de 10 a 18 de novembro, sempre às 23h.
Confira os filmes disponíveis na plataforma de streaming:
Memórias de um Brasil Negro
Alma no olho
Brasil, 1978, 11min
Zózimo Bulbul - Centro Afro Carioca de Cinema
Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade através da transformação interna do ser, num jogo de imagens de inspiração concretista.
A Marcha Negra
Brasil, 1988, 7min
Instituto Cultural CULTNE
Movimento Negro em 1988 em marcha no centro do Rio de Janeiro, denunciando o racismo e nas lutas contra as desigualdades.
Aniceto do Império em dia de alforria
Brasil, 1980, 11min
Zózimo Bulbul - Centro Afro Carioca de Cinema
Aniceto do Império, compositor e fundador da Escola de Samba Império Serrano, no Rio de Janeiro, fala de sua intensa produção musical - jongo, samba de roda antigo, entre outros gêneros -, inspirada nos escravos do século XVII, e de suas lutas sindicais como estivador do cais do porto. Apresentação do sambista no show 'Seis e Meia', do Teatro João Caetano.
Ato contra a violência policial
Brasil, 1986, 13min
Instituto Cultural CULTNE
Com imagens da produtora Enugbarijô de Ras Adauto e Vik Birkbeck e edição atualizada de Filó Filho trazemos este registro para reflexão dos 125 Anos da Abolição da Escravatura. Em 1982, no Rio de Janeiro o fotógrafo Luiz Mourier do Jornal do Brasil trouxe ao mundo a realidade vivida por negros e pobres deste pais. Em uma atitude desumana e racista, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro abordou e prendeu um grupo de negros usando cordas em seus pescoços em área próxima a Estrada Grajaú Jacarepaguá, na zona norte do Rio de Janeiro. O Movimento Negro através do militante Marcos Romão tomou conhecimento do fato no mesmo dia e na manhã seguinte juntamente com outros militantes mobilizaram uma multidão na Cinelândia, centro do Rio para repudiarem o ato desumano. Do local os manifestantes partiram em direção a sede do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) onde se reuniram com as autoridades de segurança do Estado, o qual resolveu prender os policiais envolvidos no caso. Para o Movimento Negro este ato foi um marco para o combate a luta contra a discriminação racial em nosso país.
Brasil, 1965, 11min
Júlio Bresane - Cinemateca do MAM
Documentário sobre a vida do escritor carioca Lima Barreto.
Mulheres Negras
Brasil, 1986, 24min
Márcia Meireles e Silvana Afram - Arquivo Nacional
A discriminação racial é abordada através das experiências vividas no dia a dia pela mulher negra.
Orixá Ninú Ilê: Arte Sacra Negra
Brasil, 1978, 25min
Juana Elbein dos Santos - Centro Técnico Audiovisual - CTAv
A organização hierárquica e os conteúdos de um terreiro nagô. A concepção do ciclo vital expressa na simbologia dos orixás do Panteão da terra, Nanã e seus filhos Obaluaiê e Oxumaré.
Memórias de um Brasil de Mulheres
Central de Memórias
Brasil, 2021, 13min
Rayssa Coelho e Filipe Gama - Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural dos Estado da Bahia
A luta pela moradia e a produção de um grande filme. A memória de quatro mulheres sobre um bairro de Vitória da Conquista e o encontro com o universo do cinema, nos anos 1990.
I Festival Vídeo Mulher
Brasil, 1987, 20min
Maria Angelina Lemos - Arquivo Nacional
Abertura, encerramento e premiação do I Festival Vídeo Mulher realizado no Teatro Nacional Em Brasília. Grupos de mulheres vídeoastas discutindo sobre o vídeo como instrumento de comunicação.
Libertação de Inês Etienne Romeu
Brasil, 1979, 10min
Norma Bengell - Cinemateca Brasileira
29 de agosto de 1979, Instituto Penal Talavera Bruce, Bangu, Rio de Janeiro. Após cumprir oito anos de pena, Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da "Casa da morte" de Petrópolis e primeira presa política condenada à prisão perpétua no Brasil, deixava o cárcere beneficiada pela Anistia. Norma Bengell filmou esse momento: da porta da cadeia à residência com a família, Inês foi recebida por familiares, amigos e membros do Comitê Brasileiro de Anistia, no que marcou o primeiro ato da denúncia histórica que Inês levaria adiante contra os seus algozes e o Regime Militar.
Mãe Terra
Brasil, 1986, 18min
Lúcia Umbelino - Arquivo Nacional
Trabalhadoras rurais de vinte e quatro famílias assentadas contam sobre as dificuldades que passaram até conseguirem a desapropriação das terras (pelo INCRA) do Sítio Varelo (no município de Araruna no interior da Paraíba). Passeata pelos direitos das trabalhadoras rurais. Irmã de Margarida (líder camponesa assassinada em 08.1983 na cidade de Alagoa Grande) concede uma breve entrevista.
Mulheres Negras
Brasil, 1986, 24min
Márcia Meireles e Silvana Afram - Arquivo Nacional
A discriminação racial é abordada através das experiências vividas no dia a dia pela mulher negra.
Mulheres no canavial
Brasil, 1978, 25min
Juana Elbein dos Santos - Centro Técnico Audiovisual - CTAv
Mostra a realidade da trabalhadora rural, a partir de seu local de trabalho. Aborda a má remuneração, o esgotamento físico, a falta de creches para os filhos e a esperança da reforma agrária.
Memórias de um Brasil de tradições
A morte das velas do Recôncavo
Brasil, 1976, 22min
Guido Araújo - Centro Técnico Audiovisual - CTAv
O desaparecimento do saveiro, a mais típica embarcação à vela da Bahia de Todos os Santos, que durante séculos constituiu destacado componente plástico ou estético do paisagismo baiano, além de desempenhar uma importante função econômica, trazendo das ilhas e cidades do recôncavo o peixe, as frutas e verduras necessários ao abastecimento das feiras da capital.
Adão foi feito de barro
Brasil, 1978, 14min
Fernando Spencer - Cinemateca Pernambucana
Documentário sobre os ceramistas do Alto do Moura, em Caruaru.
As carrancas do rio São Francisco
Brasil, 1974, 11min
Julio Heibron - Centro Técnico Audiovisual - CTAv
Depoimento de um fabricante de carrancas sobre a origem das mesmas lendas do Velho Chico. A vida do homem no Vale do São Francisco é feita através do rio. O homem retira dele o seu meio de subsistência e é sua via de transporte. As carrancas são símbolos da superstição do homem do médio São Francisco, com suas características próprias. Hoje estas carrancas são criadas industrialmente.
Bahia de dona Janaína
Brasil, 1951, 3min
Alceu Maynard Araújo - Cinemateca Brasileira
Ritual religioso de pescadores na Bahia na época da pesca do Xaréu quando os pescadores pedem proteção a Dona Janaína (considerado um dos nomes de Iemanjá) e lançam suas redes ao mar na esperança de uma boa pesca. A puxada de rede é acompanhada de rezas e rituais de agradecimento quando a rede chega cheia de peixes.
Orixá Ninú Ilê: Arte Sacra Negra
Brasil, 1978, 25min
Juana Elbein dos Santos - Centro Técnico Audiovisual - CTAv
A organização hierárquica e os conteúdos de um terreiro nagô. A concepção do ciclo vital expressa na simbologia dos orixás do Panteão da terra, Nanã e seus filhos Obaluaiê e Oxumaré.
Memórias de um Brasil nas telas
Central de Memórias
Brasil, 2021, 13min
Rayssa Coelho e Filipe Gama - Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural dos Estado da Bahia
A luta pela moradia e a produção de um grande filme. A memória de quatro mulheres sobre um bairro de Vitória da Conquista e o encontro com o universo do cinema, nos anos 1990.
Coleção preciosa
Brasil, 2021, 15min
Rayssa Coelho e Filipe Gama - Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural dos Estado da Bahia
Em Vitória da Conquista, um técnico de refrigeração chamado Ferdinand Willi Flick se dedicou durante mais de cinco décadas a sua grande paixão: o cinema. A relação entre Flick e a sétima arte resultou em uma impressionante coleção de itens de cinema, que ele chamava de Coleção Preciosa.
Lima Barreto: trajetória
Brasil, 1965, 11min
Júlio Bresane - Cinemateca do MAM
Documentário sobre a vida do escritor carioca Lima Barreto.
Pista de Grama
Brasil, 1958, 90min
Haroldo Costa - Cinemateca do MAM
O filme conta a história de Luciano (Paulo Goulart) que esconde sua identidade de rapaz rico para trabalhar no haras de Patrícia (Yoná Magalhães), por quem está apaixonado. O haras, herança do pai, é cobiçado por dois vigaristas. No decorrer da história, Luciano livra a moça dos vilões, conquista sua confiança e restitui a figura masculina que faltava na vida da bela órfã. Daí para o seu amor é um pulo.
Memórias de um Brasil Indígena
Wapté Mnhõnõ, Iniciação do Jovem Xavante
Brasil, 1999, 52min
Divino Tserewahú - Projeto Vídeo nas Aldeias
Documentário sobre a iniciação dos jovens Xavante, realizado durante as oficinas de capacitação do projeto Vídeo nas Aldeias. A convite de Divino, da aldeia Xavante Sangradouro, 4 Xavantes e um Suyá realizam, pela primeira vez, um trabalho coletivo. Durante o registro do ritual, diversos membros da aldeia elucidam o significado dos segmentos deste complexo cerimonial.
Crepúsculo de Tupã
Brasil, [1952-1958], 4min
Alceu Maynard de Araújo - Cinemateca Brasileira
A linha de trem Santos – Juquiá chega até Guarajuva, antiga aldeia do Bananal onde há um Posto de Proteção ao Indígena que tenta preservar o que ainda resta da cultura guarani no município de Itanhaém. Há uma busca por retratar o cotidiano da aldeia, o mundo do trabalho e das tradições, que de alguma maneira foi dizimada pelo homem branco, colocando em risco a subsistência e as tradições indígenas desse povo.
Wai’á Rini, O poder do sonho
Brasil, 2001, 48min
Divino Tserewahú - Projeto Vídeo nas Aldeias
A festa do Wai’á, dentro do longo ciclo de cerimônias de iniciação do povo Xavante, é aquela que introduz o jovem na vida espiritual, no contato com as forças sobrenaturais. O diretor Divino Tserewahú vai dialogando com o seu pai, um dos dirigentes deste ritual, para revelar o que pode ser revelado desta festa secreta dos homens, onde os iniciandos passam por muitas provações e perigos.
Memórias de um Brasil LGBTQIA+
Jogos Frugais Frutais
Brasil, 1979, 7min
Jomard Muniz de Britto - Cinemateca Pernambucana
Câmera de Rucker Vieira interage com a mise-em- scène de telas de Sérgio Lemos, a nudez da atriz Ivonete Melo, frutas tropicais e diversas moscas.
Toques
Brasil, 1975, 48min
Jomard Muniz de Britto - Cinemateca Pernambucana
Um dos primeiros filmes eróticos de Pernambuco. O diretor usa corpos andróginos fazendo movimentos corporais despidos ao ar livre e com referências às três graças, deusas gregas largamente representadas no renascimento. Todavia, aqui se tratam de 2 corpos masculinos e 1 feminino aumentou a intencionalidade andrógina e a tensão ambígua da obra.
Uma experiência didática
Brasil, 1974, 5min
Jomard Muniz de Britto - Cinemateca Pernambucana
Exploração plástica de partes do corpo do homem e da mulher e pequenos gestos recortados pela câmara em enquadramentos vários.
Vivencial I
Brasil, 1974, 13min
Jomard Muniz de Britto - Cinemateca Pernambucana
A recriação de um espetáculo do Grupo Vivencial em performance que evolui pelas ruas de Olinda.