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Você sabia que a Lei Áurea faz parte do acervo do Arquivo Nacional?
A Lei nº 3.353, que ficou conhecida como “Lei Áurea”, extinguiu a escravidão em todo o território do Brasil. Foi assinada em 13 de maio de 1888 pela princesa imperial regente Isabel.
Feita em pergaminho, com 54cm de altura e 40cm de largura, Lei Áurea é decorada com iluminuras e guardada em um estojo verde. Sua importância mundial foi reconhecida em 2008, quando foi declarada patrimônio documental da humanidade no Programa Memória do Mundo da Unesco.
Entre os séculos XVI e XIX, milhões de seres humanos foram trazidos à força do continente africano para trabalhar nas mais diversas atividades econômicas, principalmente nos engenhos de açúcar do Nordeste, nas minas de ouro de Minas Gerais e nas fazendas de café do Vale do Paraíba. Na segunda metade do século XIX, o movimento abolicionista cresceu em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, onde se destacaram personalidades como José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, André Rebouças, dentre outros.
Nesse contexto de crescente oposição à escravidão, foram criadas leis com a finalidade de combater o tráfico e libertar certos grupos de pessoas escravizadas, como a Lei Eusébio de Queirós (1850), a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885). Essas leis eram consideradas insuficientes pelos abolicionistas, que demandavam o fim completo da prática da escravização de seres humanos.
Antes da Lei Áurea, duas províncias do Império declararam a abolição da escravidão em seus territórios: o Ceará, em 25 de março de 1884, e o Amazonas, em 10 de julho de 1884. O Brasil foi o último país independente do continente americano a abolir completamente a escravidão.
Você pode ver a Lei Áurea em maior resolução e ler a transcrição do documento no perfil do Arquivo Nacional no Flickr. Acesse o link: bit.ly/3vR7Hfq.
Na imagem, Lei Áurea. Lei n° 3.353, de 13 de maio de 1888. Arquivo Nacional. Fundo Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. BR_RJANRIO_4M_0_EIS_1