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USP discute iniciativas para preservação do seu patrimônio histórico
A Casa de Dona Yayá, sede do Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, é um imóvel tombado e incorporado à Universidade em 1969. O edifício histórico, que fica no antigo bairro do Bixiga, em São Paulo, começou a ser construído há mais de um século e, hoje, sedia atividades e estudos sobre patrimônio cultural.
O órgão é ligado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP e recebeu, no final de julho, a visita do reitor Marco Antonio Zago. Além de conhecer as instalações do centro, a visita teve como objetivo realizar uma reunião sobre convergência das ações e iniciativas lideradas pela Universidade relacionadas à preservação e restauração do seu patrimônio histórico.
O assunto abordado é um desdobramento do Colóquio Global de Reitores de Universidades, do qual o reitor Zago participou, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Yale University, com o tema Patrimônio e Herança Cultural, realizado no mês de abril, no campus da universidade dos Estados Unidos.
Segundo a professora do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, Beatriz Mugayar Kühl, que participou de dois workshops do colóquio, esses encontros tiveram dois desdobramentos importantes: a formação de um consórcio de reitores e professores e a elaboração de um programa de ações para mobilizar as instituições no desenvolvimento de projetos conjuntos na área.
Para isso, foi formado um grupo que apresentará uma série de propostas para expandir a pesquisa interdisciplinar entre os países participantes, facilitar o compartilhamento mais eficaz e o acesso a informações e dados e explorar oportunidades de aprendizagem para os alunos dentro das comunidades em que as universidades se baseiam.
Antes da realização do evento em Yale, foram realizadas reuniões de preparação na Reitoria nas quais alguns temas foram abordados: foi constatado que dentro da USP não existem ações estruturadas na área acadêmica, que o CPC pode tornar-se um centro aglutinador de material já existente na área de preservação; que há a necessidade de listar quem trabalha com a temática dentro da Universidade, assim como realizar um levantamento dos órgãos e unidades da USP que possuem um repositório da matéria relevante; a sugestão pelo reitor de criar um laboratório, possivelmente no Complexo Brasiliana USP – edifício localizado na Cidade Universitária – para pesquisas sobre técnicas e procedimentos do assunto.
Reunião
Na reunião, o diretor do Museu de Arte Contemporânea, Carlos Roberto Ferreira Brandão, disse que é importante ter uma centralização de iniciativas de restauração dentro da USP, pois, segundo ele, as ações que existem são feitas isoladamente em algumas unidades, como o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
O reitor disse que a ideia é ter um espaço na Universidade destinado a um laboratório multiuso de restauração e que também fosse utilizado como centro de formação de pessoal, que seria destinado tanto ao público de nível médio, servindo como formação técnica, como ao de nível superior, na área de pós-graduação. Zago também sugeriu que esse laboratório funcionasse como um Núcleo de Apoio às Atividades de Cultura e Extensão Universitária (Nace), vinculado à PRCEU.
Outro ponto levantado foi o papel do Arquivo Geral da USP – que atua na classificação, organização, conservação, avaliação, armazenamento e difusão dos documentos produzidos e acumulados pela Universidade nos mais diversos suportes – no armazenamento também dos materiais produzidos pelos professores durante suas pesquisas, que muitas vezes são descartados por não terem local apropriado.
Na ocasião, uma funcionária do CPC também fez uma apresentação sobre as atividades desenvolvidas pelo órgão e as suas contribuições nas políticas sobre o assunto dentro da USP, como intervenções nos acervos e a realização de eventos (o próximo será o seminário Ciência da conservação e o uso de ferramentas de caracterização química, física e biológica de bens culturais) e publicações sobre os acervos da Universidade. Ao final, o reitor agradeceu a participação e engajamento dos envolvidos no assunto. “É muito importante discutir sobre essa iniciativa de preservação, que é emblemática para a USP”. Outras reuniões serão realizadas para discutir o tema futuramente.
Fonte - USP
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Equipe da ASCOM
08 de agosto de 2016