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Terceiro dia da Semana Nacional de Arquivos
O terceiro dia do Arquivo Nacional na Semana Nacional de Arquivos teve início com o painel “A realização de pesquisas acadêmicas da Arquivologia: oportunidades para reflexões teóricas e práticas”, apresentado por Bruno Leite, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Roberta Mendonça, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e José Antônio da Silva, da Fundação casa de Rui Barbosa (FCRB).
Bruno Leite apresentou uma parte de sua pesquisa sobre o ensino de preservação nos cursos de arquivologia, biblioteconomia, ciência da informação e museologia. Ele discutiu conceitos, fundamentos e abordagens, e enfatizou a importância da preservação para os arquivos. Para Bruno, “preservação é condição para gestão e, consequentemente, para o acesso”.
Já José Antonio da Silva discutiu a transparência pública como política de Estado e o papel dos arquivos. O pesquisador debateu o acesso à informação como algo mais amplo que a Lei de Acesso à Informação – LAI (Lei nº 12.527/2011), com base na ideia de dispositivos de acesso. Na parte em que apresentou o dispositivo arquivístico, José Antonio ressaltou a importância do fortalecimento do Arquivo Nacional para a efetivação de políticas de Estado voltadas à transparência pública.
Também na parte da manhã foi realizada a mesa-redonda “ Preservação digital e confiabilidade do repositório – questões muito além da dimensão tecnológica ”, com os servidores do Arquivo Nacional Alex Holanda, Thiago Luna e Érika Sampaio.
Alex Holanda, servidor da Coordenação-Geral de Gestão de Documentos, abordou da questão da importância dos repositórios digitais para documentos de arquivo e tratou de conceitos fundamentais como confiabilidade e transparência. Thiago Luna, servidor da Coordenação de Tecnologia da Informação, proferiu a palestra intitulada “Preservação digital no Gênesis. Não no Apocalipse”. Luna discutiu a questão do uso da tecnologia na área de arquivos e chamou atenção para a segurança de dados como algo estratégico para a criação de um ambiente digital seguro e confiável. Já Érika Sampaio, integrante do AN Digital, fez um panorama da política de preservação digital do Arquivo Nacional, destacou os desafios enfrentados na área e situou o estágio atual do trabalho de preservação de documentos de arquivo digitais realizado na instituição.
Às 14 horas, foi realizada a mesa-redonda “ Difusão e tratamento do patrimônio documental luso-brasileiro ”, com Cláudia Heynemann e Scheila Cecchetti, servidoras do Arquivo Nacional. A mediação foi realizada por Rui Victor dos Santos, do Conselho Nacional de Arquivos.
De acordo com Rui Santos, a Comissão Luso-Brasileira para Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental – COLUSO tem por objetivo promover a permuta de informações contidas nos acervos arquivísticos de interesse mútuo dos Governos do Brasil e de Portugal, incentivando a organização e a inventariação de fundos documentais, bem como o desenvolvimento e o intercâmbio de elementos de pesquisa documental sob a guarda de ambos os países, desenvolvendo importantes projetos que resultam em benefícios para o Estado e sociedade no resgate, preservação e acesso desse patrimônio documental.
As atividades do dia se encerram com a roda de conversa “ Memórias, acervos e redes sociais ", que contou com a mediação de Luiz Salgado, da Assessoria de Comunicação do Arquivo Nacional. Os participantes discutiram as experiências do uso das mídias sociais para valorização das memórias de locais e grupos que anteriormente eram subrepresentados na internet. Para Luiz Salgado “as mídias sociais são importantes canais para aproximar as instituições de memória da sociedade”.
A 3ª Semana Nacional de Arquivos tem atividades programadas até 8 de junho em 211 instituições de todo o país. Ela oferece ao público atividades como palestras, oficinas, eventos artístico-culturais, entre outros, e está inserida em dois eventos do calendário mundial: International Archives Week, idealizada pelo ICA, e Ano Ibero-Americano dos Arquivos para a transparência e a memória/2019, efeméride expressa na declaração da XIX Conferência Ibero-Americana de Ministros de Cultura.
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