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Série Mulheres e o Arquivo: Aída dos Santos
Aída dos Santos, pioneira no atletismo brasileiro
Neste mês de maio, o Arquivo Nacional lembra algumas das principais personalidades negras na história do país.
Em 1964, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a atleta Aída dos Santos foi a única mulher em toda a delegação brasileira, sendo nossa representante nas provas de salto em altura, 100 metros rasos e lançamento de dardo. No Japão, Aída dos Santos precisou superar não só os desafios inerentes ao esporte olímpico, mas também a
falta de estrutura e de incentivo dos poderes constituídos de então.
Ainda assim, foi a primeira brasileira a participar de uma final olímpica e alcançou um honroso 4º lugar no salto em altura em Tóquio. Em 1968, participou da edição dos Jogos Olímpicos na Cidade do México. Obteve outras premiações de relevo em sua carreira, como a medalha de bronze no pentatlo dos Jogos Pan-americanos de Winnipeg (1967) e Cáli (1971).
Aída nasceu em 1º de março de 1937, no seio de uma família humilde, em Niterói, e conciliou a exaustiva rotina de treinos com a atividade de trabalhadora doméstica. Além do esporte, dedicou-se à vida acadêmica, estudando nos cursos de Educação Física, Geografia e Pedagogia. Entre 1975 e 1987, foi professora de Educação Física na UFF - Universidade Federal Fluminense . Atualmente, preside o Instituto Aída dos Santos, que desenvolve ações que visam, por meio do esporte, promover a inclusão social e cidadania de crianças e adolescentes da periferia.
Aída dos Santos em agosto de 1971. Arquivo Nacional.
Fundo Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_41099_019