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Série: Biografias - Período Colonial: Conde de Azambuja
A Série Biografias é uma iniciativa do Arquivo Nacional que visa contribuir na divulgação do trabalho realizado pela equipe do programa de pesquisa Memória da Administração Pública Brasileira (MAPA), integrado à Coordenação-Geral de Gestão de Documentos (COGED) a partir de uma série de publicações sobre os retratados na página do MAPA na internet. Entre outras atividades, o trabalho deste programa de pesquisa busca suprir a crescente demanda de estudos sobre a história do Estado nacional brasileiro e a evolução de suas políticas públicas. Para isso, o grupo tem disponibilizado seu trabalho por diferentes meios de divulgação, como publicações impressas e virtuais e o Dicionário da Administração Pública On-Line , lançado no segundo semestre de 2011.
A série Biografias é uma publicação semanal e segue a ordem de textos presente no site do MAPA. Primeiramente será retratado o Período Colonial e, na sequência, os períodos Joanino, Imperial e Primeira República. O biografado desta semana é D. Antônio Rolim de Moura Tavares, o conde de Azambuja.
Tavares nasceu em 1709, na Vila de Moura, no Baixo Alentejo, Portugal. Nascido no seio aristocracia portuguesa, tinha como pai D. Nuno Miguel de Mendonça, 4º conde de Vale de Reis e membro do Conselho de Regência do reino de Portugal, e como mãe Dona Leonor de Noronha, filha do 1º marquês de Angeja, D. Pedro de Noronha. Tinha interesse em estudar por história, filosofia, matemática pura, ciências, artes e escritos teológicos. Em 1748 foi nomeado por D. João V (1689-1750) governador da recém-criada Capitania de Mato Grosso, mas chegou à Vila Real do Bom Jesus do Cuiabá apenas em 12 de janeiro de 1751. Sua atuação como governador teve destaque por garantir a posse e a expansão dos domínios da Coroa portuguesa na fronteira oeste, tendo priorizado o povoamento e a defesa da região, especialmente dos ataques espanhóis. Fundou a Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital de Mato Grosso, expulsou os missionários espanhóis, estabeleceu uma política de incorporação das populações indígenas, e desempenhou importante papel na criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão. Além de governador do Mato Grosso, também ocupou os cargos de governador da Bahia (1765) e vice-rei do Estado do Brasil (1767-1769). Ao retornar a Portugal exerceu os cargos de presidente do Conselho da Fazenda (1770), governador das Armas de Lisboa e da Província da Estremadura (1789) e vedor (administrador financeiro) da rainha. Foi sócio da Academia Real das Ciências, classe de ciências de cálculo, e recebeu o título de conde de Azambuja de D. José I, em 1763. Morreu em Lisboa, Portugal, em 8 de dezembro de 1782.
Acompanhe a série Biografias para saber mais sobre importantes personagens da história luso-brasileira e acesse aqui o site Memória da Administração Pública Brasileira (MAPA), que serve de fonte para os textos da série. O próximo biografado será Diogo Inácio de Pina Manique, nobre formado em Leis pela Universidade de Coimbra que ocupou diversos cargos públicos, entre eles o de Intendente-Geral da Polícia da Corte e do Reino.