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Seminário debate tráfico de patrimônio cultural e documental
Publicado em
19/12/2023 17h20
Atualizado em
19/12/2023 18h05
Na segunda-feira (18 de dezembro), o Arquivo Nacional discutiu os desafios que envolvem o combate e a prevenção ao tráfico ilícito de bens culturais, num seminário on-line transmitido no canal da instituição no YouTube.
A diretora-geral do AN, Ana Flávia Magalhães Pinto, explicou que sentiu a necessidade de estimular, com a iniciativa, o conhecimento sobre a segurança do patrimônio documental que o órgão guarda e dá acesso. Ela enxerga na ação cooperativa um “caminho profícuo” para debater as melhores ações e, assim, atingir maior efetividade. "Caminhando juntos, poderemos ir mais longe", concluiu Ana Flávia. Com mediação da coordenadora-geral de Articulação de Projetos e Internacionalização do AN, Monica Lima, o seminário iniciou com a fala de Marcelo Nogueira de Siqueira, que é coordenador de Articulação de Projetos Institucionais do AN e professor da Escola de Arquivologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Marcelo fez um " apanhado" das ações recentes em que o AN participou, e o cenário nacional e internacional dos organismos que combatem a comercialização de bens culturais desviados de entidades de guarda. O professor enfatizou, também, a necessidade de aprofundamento da discussão sobre o extravio de patrimônio no contexto dos arquivos, em que o furto de documentos ocorre mas pouco é discutido pela área. Entre os convidados, estava Marcos Moreira, da Polícia Federal, que explicou que os roubos e furtos de bens culturais se tornou uma especialidade que levou à criação de um setor específico da corporação para combater esse tipo de crime. Marcos apresentou os marcos legais que norteiam a proteção do patrimônio histórico e cultural do país, inclusive as normativas do Direito Penal, e sublinhou algumas lacunas que a legislação ainda precisa cobrir. Por fim, citou casos de furtos e roubos de bens culturais, alguns deles que alcançaram notoriedade junto à opinião pública. Rafael Azevedo, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico NacionaI (Iphan), falou sobre a estrutura de controle e fiscalização dos bens culturais procurados, e detalhou as ferramentas que apoiam a localização do patrimônio furtado/roubado, como os os canais que recebem denúncias. Além disso, Rafael narrou experiências bem-sucedidas de resgate e recuperação desses bens. "Contamos com a participação da população, fazendo as denúncias", frisou ele.