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Primeiro dia do Festival Arquivo em Cartaz
Teve início nesta quarta-feira, 6 de novembro, a 5ª edição do Festival Arquivo em Cartaz. A programação do dia incluiu as Mostras Competitiva e Arquivo N, que homenageou a atriz Ruth de Souza, e a Oficina de Conservação de Documentos Sonoros, ministrada pelos servidores do Arquivo Nacional Cadu Marconi e Clenilson Miranda. A oficina teve como objetivo dar uma introdução à conservação de documentos sonoros com atividades teóricas e práticas. Os temas abordados foram: história, manuseio, identificação, acondicionamento, guarda, higienização, pequenos reparos e reformatação de diferentes suportes (discos, fitas magnéticas e CDs).
A abertura do evento, que marcou o lançamento da versão digital da Revista Arquivo em Cartaz 2019 , contou com a fala do diretor substituto e coordenador-geral de administração do Arquivo Nacional, Leandro Esteves, que representou a diretora-geral, Neide De Sordi. Em seu discurso de abertura, Leandro Esteves disse que estava muito feliz em participar de um evento tão querido por todos do Arquivo Nacional e agradeceu aos apoiadores do evento assim como aos servidores que contribuíram para sua realização. Ele ressaltou que a direção-geral está trabalhando para dar maior amplitude ao evento, com o auxílio de agências de fomento, públicas e privadas, do Brasil e do exterior. Em suas palavras “nosso objetivo é reforçar o Arquivo em Cartaz na agenda cultural do Rio de Janeiro, trazendo assim maior visibilidade para o evento junto ao público”.
Com tema Mulheres de Cinema , o Arquivo em Cartaz 2019 presta homenagem a Lúcia Murat, diretora, documentarista e roteirista, e a Fátima Taranto, técnica em preservação de filmes. As homenageadas subiram ao palco do auditório do Arquivo Nacional para receber uma edição especial do Troféu Batoque como forma de marcar sua importância para a sétima arte.
De acordo com Mariana Monteiro da Silveira, servidora da equipe de Processamento Técnico de Documentos Iconográficos e uma das curadoras do Arquivo em Cartaz deste ano, “a escolha do tema foi uma forma de homenagear as mulheres do cinema, principalmente aquelas que trabalham atrás das câmeras, porque muitas vezes o seu trabalho é invisibilizado.” Viviane Gouvêa, servidora da equipe de Pesquisa e também curadora do evento, pontuou que a temática teve como objetivo “chamar a atenção para aquelas mulheres que ajudaram a fazer o cinema nacional ao longo da história.”
O cineasta e servidor do Arquivo Nacional, Clóvis Molinari, falecido este ano, foi lembrado e homenageado por sua importância para o cinema e por sido o idealizador do primeiro festival de cinema do Arquivo Nacional, em 2002.
Após a cerimônia de abertura foram exibidos dentro da Mostra Acervos as produções: Jessie Jane , de Nélie de Sá Pereira, filme representante do Arquivo Nacional, e Anatomia do espectador, de Ana Carolina, filme representante do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv). Foi exibido também “Vestígios do Brasil – Terra Livre”, da diretora Lucia Murat, uma das homenageadas do festival.
O Arquivo em Cartaz - Festival Internacional de Cinema de Arquivo tem como objetivo a discussão em torno da preservação de acervos cinematográficos e a (re)utilização de materiais de arquivo em novas produções. Representa também um importante espaço de formação, reflexão, divulgação e exibição de filmes com imagens de arquivo. O evento é vocacionado para divulgar e incentivar a realização de filmes com imagens de arquivo e para debater e refletir a preservação de acervos cinematográficos. A edição de 2019 vai até 13 de novembro, com programação no Arquivo Nacional e no Cine Arte UFF.