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Obras de Bonomi estão sendo restauradas no Arquivo Nacional em Brasília
Publicado em
28/11/2018 17h31
Atualizado em
28/11/2018 17h35
Três obras da renomada artista Maria Bonomi estão sendo restauradas no Arquivo Nacional em Brasília. As xilogravuras são parte do acervo da Presidência da República. As obras são: “Mar dos Apoios”, “Muro, muralha, passo” e “Caminhos em corpo tem”. Todas com data de criação de 1975.
A restauração
A equipe da Preservação da Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal estudou as obras para entender a melhor forma de restauração. As xilogravuras estavam empoeiradas, com foxing (uma espécie de manchas escuras que são frequentes em materiais antigos) e com algumas fissuras. Para o processo de restauração foi necessária a criação de uma grande bacia retangular, com mais de dois metros de comprimento por um metro de largura, confeccionada em vidro e polionda. A criação deste utensílio durou 20 dias de trabalho.
As obras foram retiradas da moldura e estão passando por banho de água, para a retirada de sujeiras superficiais, e banho com hidróxido de cálcio, para elevar o pH (pois pH baixo favorece o surgimento de estragos). Após este processo aquoso será feita a velatura com papel japonês para reforçar o suporte fragilizado que está com rasgos. “Como a obra foi confeccionada em papel arroz, que é muito frágil, temos que ter um cuidado redobrado na restauração para preservá-la e garantir o sucesso do processo” comentou Antônio Edson, um dos servidores que está restaurando as xilogravuras.
Maria Bonomi
Maria Bonomi é uma renomada artista plástica ítalo-brasileira que trabalha como gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa e professora. Nascida na Itália em 1935, de pai italiano e mãe brasileira, Maria Bonomi chegou ao Brasil em 1945, em decorrência da II Guerra Mundial. Optou pela nacionalidade brasileira em 1953. Formou-se em desenho na Universidade de Columbia, Nova York, em 1956, tornando-se artista plástica. Toda a trajetória de Bonomi é marcada pelo destaque pessoal com as artes. Participou da 36ª Bienal de Veneza, 1972; da 2ª Bienal de Havana (Cuba), 1986; da 11ª Bienal Ibero Americana de Arte-Litografia del Fin de Siglo a 200 Años de su Invención, no Museo del Palacio de Bellas Artes na Cidade do México, 1998. No Brasil tem participado frequentemente de exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Texto: Eline Caldas/ Coordenação Regional no Distrito Federal.