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Festival Internacional de Cinema de Arquivo estreia em Brasília com a 9ª Edição
A capital do país também foi palco para a exibição dos filmes selecionados da nona edição do festival.
A programação em Brasília estreou com a exibição do filme “Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor”, de Luiz Carlos de Alencar, no dia 9/11, às 14 horas, que mostrou a luta da comunidade LGBTQIA+ por seus direitos ao longo da história. O filme foi exibido na Sala Educativa da Superintendência Regional do Arquivo Nacional.
O Diretor do filme é cineasta pós-graduado em Cinema e Audiovisual pelo Instituto de Arte de Cabo Verde e em Comunicação e Imagem pela PUC-RJ. Possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Atua na área de Direitos Humanos e Cinema desde o ano de 2000.
Na sexta-feira, dia 10, pela manhã, o documentário “Rio Negro”, com roteiro e direção de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa foi exibido no auditório do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. O longa conta com depoimentos de personalidades cariocas, e importantes ativistas do movimento negro, artistas, arquitetos e outros pensadores da cidade, tais como o ator Haroldo Costa, o escritor Luiz Antônio Simas, entre outros.
É um documentário que apresenta um olhar possível para a história do Rio de Janeiro, assentado na presença e contribuição da população negra de origem africana na formação da cidade.
Já o longa “O Caso do Homem Errado”, foi exibido na Superintendência Regional também no dia 10/11 a tarde, e contou com a presença da diretora Camila de Morais. Na oportunidade o público pode interagir com a diretora do filme conversando sobre a produção, que trouxe a história do operário negro gaúcho Júlio César que, ao ser confundido com um assaltante, foi executado pela Polícia Militar do Rio Grande do Sul, no dia 14/05/1987.
Durante a conversa, que ocorreu após a exibição do filme, Camila de Morais ressaltou “a importância de se manter aberto esse canal de debate, com abordagem da questão do genocídio da juventude negra no Brasil”. E em vários momentos se emocionou lembrando de toda a trajetória.
O Caso do Homem Errado esteve na seleta lista de pré-selecionados pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil e concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 2019.
A diretora informou que outros projetos chegarão em 2024, e que a parceria com instituições, como o Arquivo Nacional são fundamentais para o crescimento dos debates.
A Superintendência Regional do Arquivo Nacional tem um grande acervo documental que soma cerca de 17 quilômetros lineares de documentos, fotos, mapas, cartazes, fichas em microfilmes e livros.
A atividade de pesquisa pelo público é bem intensa nas dependências da instituição. Contribui e fomenta o cenário de produção do festival internacional de cinema de arquivo.