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Cerimônia de encerramento do Festival Arquivo em Cartaz
Nesta quinta-feira, dia 03 de dezembro, às 14h, o Arquivo Nacional promoveu a cerimônia de encerramento da sexta edição do Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, em formato virtual, com o tema "Memórias do tempo presente – registros da pandemia". Este ano, o festival foi composto por diversas iniciativas, oficinas, exibições de filmes, debates e trocas de experiências sobre preservação, pesquisa e produção audiovisual com materiais de arquivo.
Para dar início ao evento, a diretora-geral do Arquivo Nacional, Neide De Sordi, fez um agradecimento a todos que contribuíram para a realização do festival e aos que participaram do evento. Neide ressaltou ainda a importância do tema do Arquivo em Cartaz e afirmou: “Esse tema representa a contribuição do Arquivo Nacional para o registro desse momento histórico. É um período ruim, mas ainda assim faz parte da nossa experiência. Os artefatos e memórias se tornarão fontes primárias para as futuras gerações entenderem o que aconteceu.”
Dando continuidade a abertura da premiação, foi apresentado o espetáculo “Playlista: feito em casa”. A apresentação foi produzida por seis dançarinas de Belo Horizonte por meio da plataforma Zoom e no exercício da escuta e interlocução, elas se dedicam a fazer de seu corpo em movimento a tradução de anseios, angústias, cansaço, solidão, coragem e esperança.
Na sequência, os curadores Januária Teive e Cadu Marconi, servidores do Arquivo Nacional, ressaltaram a importância do festival como um espaço de formação, reflexão e difusão dos acervos audiovisuais e da memória do cinema nacional.
Em seguida, foi revelado o vencedor do melhor filme Júri Popular da Oficina Lanterna Mágica: “Descompostura”, um filme de Alline Torres, Anaduda Coutinho, Marcio Plastina e Víctor Alvino. Descompostura é um filme experimental com imagens em movimento de mulheres e jovens negras registradas, enquanto trabalhavam, sob uma estética da fratura.
Veja abaixo os vencedores da categoria da Mostra Competitiva:
Melhor Pesquisa: “Acabaram-se os otários”, de Rafael Luna Freire e Reinaldo Cardenuto.
Melhor uso de material de arquivo – Prêmio Jurandyr Noronha: “O Índio Cor de Rosa contra a Fera Invisível: A peleja de Noel Nutels”, de Tiago Carvalho.
Melhor filme júri popular: “Cartografias não humanas”, dirigido por Bruna Pessoa e Regina Horta.
Melhor curta-metragem - Joãozinho da Gomeia, o rei do Candomblé, dirigido por Janaína Oliveira Refem e Rodrigo Dutra
Melhor média-metragem - Homens Pink, de Renato Tunes
Melhor longa-metragem – “Fico te devendo uma carta do Brasil”, de Carol Benjamin
E para finalizar o festival, o espetáculo de encerramento ficou por conta da Companhia Negra de Teatro, que surgiu em 2015, resultado do encontro de alunos do curso técnico em teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) de Minas Gerais. As criações do grupo são pautadas pela presença e potencialidades do corpo negro no teatro.
Confira a cerimônia completa aqui.
Acesse a playlist Arquivo em Cartaz 2020 e assista aos debates realizados durante o festival por pesquisadores da área de cinema e arquivo.
O objetivo do Festival Arquivo em Cartaz, evento realizado anualmente pelo Arquivo Nacional, é destacar a importância da preservação e do acesso aos acervos audiovisuais e sonoros, assim como incentivar o uso destes arquivos em novas produções. Em razão da pandemia da Covid-19, nesta edição as oficinas, exibições de filmes, debates e trocas de experiências sobre preservação, pesquisa e produção audiovisual com material de arquivo foram sendo realizados on-line e com interações em tempo real.