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Calendário do Arquivo Nacional em destaque no jornal O Globo
O calendário 2020 disponibilizado digitalmente pelo Arquivo Nacional foi tema de matéria publicada no jornal O Globo deste domingo, 1 de março.
O Rio de Janeiro sediará, em julho de 2020, o 27º Congresso Mundial de Arquitetos, promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA), com o tema “Todos os mundos, um só mundo: Arquitetura 21”. Em decorrência do evento, o Rio de Janeiro será a capital mundial da arquitetura em 2020, por declaração da Unesco.
Com 12 imagens raras da cidade, criteriosamente pinçadas de um gigantesco acervo, o calendário está disponível para download no site da instituição. A iniciativa celebra a nomeação do Rio como Capital Mundial da Arquitetura pela Unesco e prepara o terreno para o 27º Congresso Mundial de Arquitetos, que vai acontecer em junho.
De janeiro a dezembro, é possível passear por registros que cobrem quase um século de história: desde uma foto de 1890, que mostra a entrada da Baía de Guanabara, vista de Santa Teresa, até um retrato de 1970, no qual se observa a encosta do Morro da Mangueira, dominada por barracos de madeira.
— Selecionar as imagens foi um desafio porque o Arquivo Nacional tem um acervo muito rico. Para se ter ideia, só o arquivo do jornal Correio da Manhã contém um milhão de fotografias — conta a historiadora e pesquisadora do Arquivo Nacional Claudia Heynemann.
Cada imagem traz uma legenda que explica o contexto do registro ou destaca aspectos arquitetônicos e urbanísticos da cidade na época em que a fotografia foi captada. Ícone da arquitetura modernista brasileira, o Edifício Gustavo Capanema, por exemplo, ilustra o mês de julho. Construído entre os anos de 1937 e 1944, o projeto foi idealizado por uma equipe liderada pelo arquiteto Lucio Costa e formada por Affonso Eduardo Reidy, Oscar Niemeyer, Jorge Machado Moreira e outros, com a consultoria do arquiteto Le Corbusier. A obra ganhou jardins de Burle Marx e painéis de Candido Portinari.
Diretora-executiva do comitê organizador Rio Capital Mundial da Arquitetura, Valéria Hazan destaca a contribuição do calendário para um resgate histórico: — É preciso conhecer e reconhecer a história da cidade para pensar o futuro. Neste momento de discussão do amanhã, temos que revisitar o passado. Esse calendário mostra grandes eventos e transformações que mudaram as características do Rio.
Entre as imagens históricas, duas se destacam pelo modo como foram feitas: tratam-se de estereoscopias. Populares no início do século XX, esses registros traziam duas fotografias, uma ao lado da outra, captadas com uma pequena diferença de ângulo. Vistas através de um aparelho, elas se mesclam em uma única imagem 3D."