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AN no portal Brasiliana Fotográfica
Nesse primeiro momento, cinquenta imagens do acervo do AN passam a fazer parte do portal Brasiliana Fotográfica.
Além dos marcos cronológicos do projeto, que reúne imagens de meados do século XIX aos anos 1930, o Arquivo Nacional buscou apresentar a diversidade de formatos, técnicas e temas de seu acervo.
Com a iniciativa, o Arquivo Nacional se une ao Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, à Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, à Fundação Biblioteca Nacional, ao Instituto Moreira Salles e ao Instituto Leibniz de Geografia Regional.
Ao longo do ano, novos conjuntos de imagens de temáticas variadas serão inseridos no portal, ampliando a difusão do acervo da instituição e estimulando novas pesquisas e produtos.
Com alguns poucos daguerreótipos provenientes dos fundos Família Werneck e Família Bicalho, a fotografia oitocentista no Arquivo Nacional adquire vulto com os retratos de estúdio que inundaram o mundo todo, produzidos no Brasil por nomes como Joaquim Insley Pacheco, Joaquim Feliciano Alves Carneiro, Alberto Henschel, Guilherme Gaensly e Rodolfo Lindemann reunidos em diversos arquivos privados e na coleção Fotografias Avulsas. Esta inclui formatos como panorama, carte de visite, carte cabinet e estereogramas, numa cronologia que se estende de 1860 a 1964. Encontramos também, nesse conjunto, vistas e cenas urbanas do Brasil, como as paisagens do Rio de Janeiro por Juan Gutierrez, Marc Ferrez, Bippus e Lopes; ruas e prédios históricos da cidade de Ouro Preto, em fotos de J. Brandi; Salvador por Antônio da Silva Lopes Cardoso;
Santa Catarina por Augusto Schmidt. Somam-se ainda álbuns referentes às missões religiosas e à participação brasileira na Exposição Internacional de Filadélfia, em 1876; na Exposição Continental de 1882, em Buenos Aires; e na Exposição Universal de Paris, de 1889.
A série de estereogramas selecionadas inclui vistas do Rio de Janeiro retomando perspectivas consagradas em gravuras e aquarelas, mas que comportavam novas tomadas que começavam a desenhar outra cidade. Lembrando o caráter de grande circulação deste gênero de imagem, temos as séries produzidas para difundir a reforma do centro do Rio de Janeiro, particularmente a abertura da Avenida Central e, finalmente, retornando a uma dada origem, os estereogramas da Exposição Nacional de 1908 que destacavam o progresso dos transportes, da iluminação, dos grandes pavilhões e do elegante público afluente.
Entre os arquivos privados de homens públicos, apresentamos parte do fundo Afonso Pena que contem 445 imagens, dentre elas, vistas de localidades brasileiras, em álbuns ou molduras, como Santa Bárbara, em Minas Gerais, Maceió, em Alagoas e Floresta dos Leões, em Pernambuco, estradas de ferro, obras federais, áreas assistidas pela Comissão de Açudes e Irrigação e registros de Afonso Pena com autoridades e em visita a estados brasileiros, como o Amazonas.
Um outro país, que se desenhava nos anos 1920 e 1930 com as lutas femininas pelos direitos civis, se dá a ver no acervo da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, fundada em 1922, por Berta Lutz, no Rio de Janeiro. Seus documentos fotográficos registram as ações para a conquista do voto e da emancipação das mulheres; eventos, congressos, assembleias e conferências feministas nacionais e internacionais; a atuação de Berta Lutz na defesa dos direitos da mulher; seu trabalho como pesquisadora do Museu Nacional; as sufragistas brasileiras e estrangeiras, além de homens públicos envolvidos com a causa do movimento.
O portal Brasiliana Fotográfica é uma iniciativa da Fundação Biblioteca Nacional em conjunto com o Instituto Moreira Salles e tem por objetivo reunir o acervo fotográfico brasileiro de diversas entidades em um único portal na internet.
Acesse o acervo do Arquivo Nacional na Brasiliana Fotográfica
Ascom
24/abril/2017