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Apresentação do Plano Setorial de Arquivos
Hoje, sexta-feira, último dia da Semana Nacional de Arquivos e Dia Internacional de Arquivos, os eventos no Arquivo Nacional começaram com a mesa redonda sobre o Plano Setorial de Arquivos. O Diretor-Geral Interino do Arquivo Nacional e cientista político, Diego Barbosa, abriu a mesa explicando a história do Conselho Nacional de Políticas Culturais e de como surgiu o Plano Setorial de Arquivos e qual a sua função: “O Plano Nacional de cultura foi aprovado em 2010, com validade de 10 anos, prevendo uma série de medidas que o estado brasileiro deveria cumprir em relação à cultura. Entre elas tinha a criação dos planos setoriais, estaduais e municipais. Uma das primeiras propostas do Plano Setorial de Arquivos foi a Semana Nacional de Arquivos.
O objetivo do evento foi ampliar a visibilidade para as questões arquivísticas, focando não só em arquivos, mas também em todas as instituições que possuem acervos e reconhecem a importância dos arquivos, como museus, bibliotecas, câmaras municipais, assembleias legislativas. O resultado foi muito positivo. Conseguimos mais de 150 instituições participando, 22 estados, englobando toda região nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do país. Foram vários eventos em mais de 60 cidades. No AN tivemos uma programação extensa, não só envolvendo as questões clássicas dos arquivos, como também abordamos a importância da cultura e da arte, os principais focos do Plano Nacional de Cultura, que prevê o reconhecimento dos arquivos ao lado dos museus e bibliotecas, como equipamentos culturais. Um dos aspectos fundamentais do plano é a abertura para a diversidade. Os arquivos precisam se abrir para a diversidade”. Diego finalizou lendo a carta da presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Marta de Senna, que não pôde comparecer devido a compromissos já agendados anteriormente.
Lucia Velloso, chefe do Serviço do Arquivo Histórico e Nacional da Fundação Casa de Rui Barbosa e arquivista e historiadora, ressaltou que: “É importante darmos continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido pelo colegiado e fortalecermos, cada vez mais, os arquivos de cultura, pois esses acervos guardam registros das ações desenvolvidas pelo estado na área cultural e são relevantes para a história do país. Os arquivos possuem uma grande capilaridade na sociedade e ocupam lugar central na construção de um projeto efetivo de cidadania em que o cidadão recorre ao arquivo, não só para a comprovação dos seus direitos, mas também para a sua identificação social, fazendo uso das possibilidades de fecundação social, cultural e histórica”.
Leonardo Fontes, organizador do evento e Coordenador-substituto de Pesquisa e Difusão de Acervo do AN finalizou a mesa acrescentando que: “O Plano Setorial de Arquivos tem como principal objetivo, no seu eixo um, a interação do Sistema Nacional de Arquivos com o Sistema Nacional de Cultura e seu objetivo um é criar e modernizar instituições arquivísticas públicas. Sua meta é, em 2027, ter instituições arquivísticas estaduais criadas, implementadas e inseridas no Sistema Nacional da Cultura em 100%, nas unidades da federação e, instituições arquivísticas municipais em 40% dos municípios, sendo 100% das capitais e 100% dos municípios maiores que 500 mil habitantes. O objetivo maior é ter um empoderamento dos arquivos junto à sociedade civil e trazer a sociedade civil para dentro dos arquivos, saber o que é um arquivo”.
Ascom
09/06/2017