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Acervo cartográfico do AN em destaque no O Globo
Com a matéria "Um mundo de mapas para viajar sem precisar sair de casa - conheça os melhores acervos digitais de cartografia para pesquisar durante a quarentena", o jornal O Globo desta quinta-feira, 16 de abril, deu foco ao acervo cartográfico de diversas instituições ao redor do mundo, com destaque para o Arquivo Nacional do Brasil.
A reportagem entrevistou o supervisor da equipe de documentos cartográficos do Arquivo Nacional, José Luiz Macedo, que afirmou que “observar mapas é mesmo uma forma de viajar”. Em suas palavras, durante muitos anos, esta era uma das poucas maneiras de entrar em contato com lugares distantes, sendo que os mapas mais valorizados eram os que tinham um apelo mais artístico, para que as pessoas pudessem se sentir naqueles lugares sem precisar sair de casa.
Macedo contou, também, que a cartografia começou a se tornar mais confiável a partir de meados do século XVIII, com o advento do cronômetro, que permitiu marcar com mais precisão os meridianos, e, portanto, a localização de um ponto no globo terrestre.
— Na realidade, em muitas das vezes o cartógrafo sequer havia visitado o lugar que seria registrado. Ele trabalhava com dados de pessoas que efetivamente estiveram no local, mesmo que em viagens realizadas anos antes. Por isso é comum em mapas antigos algumas representações idealizadas, de monstros, vulcões ou selvas, que nunca foram de fato vistos por quem fez o documento — explicou o especialista, que já levou fotografias de mapas do acervo para destinos que visitou nas férias, só para comparar o antes e depois.
O Arquivo Nacional possui um acervo de 20 mil mapas, dos quais cerca de 5 mil estão digitalizados e disponíveis para consulta gratuita no Sistema de Informações do Arquivo Nacional – SIAN. A maioria do acervo é relativo ao território brasileiro, porém o mapa mais antigo é do Reino de Portugal, de 1686. Além do SIAN, o pesquisador também pode conferir mapas do acervo do Arquivo Nacional na página da instituição no Flickr. Um deles mostra a América do Sul pelo olhar dos franceses, em 1783. Em outro, vemos a planta da cidade de Salvador em 1894.
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