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A Meteorologia no Arquivo Nacional
A importância da meteorologia na conservação do acervo do Arquivo Nacional
Hoje é o Dia Nacional do Meteorologista. Para homenagear a data destacamos a importância desta profissão no Arquivo Nacional. Raiza Pinheiro Victor de Araujo é a primeira mulher técnica de meteorologia na Instituição. Formada pelo CEFET, único órgão que possui este curso de formação no Rio de Janeiro, Raiza trabalha na área de Conservação de Gestão de Documentos realizando o Monitoramento climatológico dos depósitos. Para isso, conta com a ajuda de dois estagiários: Barbara Cavalcanti Soares de Souza e Matheus Henrique de Freitas Oliveira. A tarefa é fundamental para a conservação dos 55 km de documentos textuais, cerca de 1,74 milhão de fotos e negativos, 20 mil ilustrações, 3 mil cartazes, 15 mil diapositivos, dentre outros, que compõem o histórico e precioso acervo da Instituição.
Segundo a técnica, existe a necessidade de um extremo cuidado climatológico para preservação destes documentos, “o AN possui um acervo susceptível às variações de temperaturas e, por isso, precisamos realizar uma medição diária que não afete de forma significativa o acervo. Se elevarmos demais a temperatura (aquecimento) poderá acontecer uma proliferação de micro-organismo nos documentos e, por outro lado, se abaixarmos em excesso (frio), os documentos ressecarão e acontecerá a perda no acervo”.
Raiza explica que esta é uma área nova no Brasil e que possui apenas dois Institutos: IMET (Instituto de Meteorologia) e CPTEC(Centro de Previsão Técnica de Estudos Climáticos), ao contrário do exterior que é mais desenvolvido e existem vários Institutos, tanto na Europa, quanto na América do Norte . A meteorologista explica que “no Brasil as pessoas associam a área de Meteorologia somente com a previsão do tempo, não sabem que esta área também é ligada na conservação climática dos acervos. Sem a Meteorologia não teríamos como conservar os documentos. Perderíamos a história de nosso país, que é o nosso resgate mais precioso. Ficaríamos sem referência de vidas passadas e dos grandes nomes que registraram os principais acontecimentos de várias gerações que marcaram de vitórias nosso país, como a princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea, documento de extremo valor e que o original encontra-se aqui no Arquivo Nacional”.
ASCOM
14 de outubro de 2016