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Danos à saúde
O tabaco é responsável por cerca de seis milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, estima-se que o tabagismo seja responsável por 200 mil óbitos ao ano. O tabagismo é, reconhecidamente, uma doença crônica — resultante da dependência à droga nicotina — e um fator de risco para cerca de 50 doenças, dentre elas, câncer, DPOC e doenças cardiovasculares. Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também é um fator de risco importante para o desenvolvimento de outras doenças, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras doenças.
São pequenas cigarrilhas, geralmente aromatizadas, contendo tabaco envolvido em folhas de tendu ou temburi (plantas nativas da Ásia), seguras por um barbante colorido amarrado em uma das extremidades.
E apesar do pequeno tamanho, os teores de compostos tóxicos são mais altos que nos cigarros convencionais, pois o fumante precisa tragar com maior intensidade para mantê-lo aceso.¹
Ou seja, Bidis não são uma alternativa segura. Estudos científicos indicam que fumantes de Bidis apresentam maior risco de desenvolver câncer oral, câncer de pulmão e outros graves problemas de saúde. De acordo com o CDC, Center for Desease Control, um instituto americano, um Bidi produz de 3 a 5 vezes mais alcatrão e nicotina que um cigarro convencional, apesar da quantidade de tabaco ser menor.² Outros compostos tóxicos e cancerígenos estão presentes também em maior quantidade, como hidrocarbonetos poliaromáticos, benzo-a-pireno. ³
Referências Bibliográficas
1.AMERICAN CANCER SOCITY. The Tobacco Atlas. Disponível em: http://www.tobaccoatlas.org/typesoftobacco.html
2.Campaign for Tobacco Free Kids. Health Effects of Bidis. Disponível em: http://www.tobaccofreekids.org/research/factsheets/pdf/0037.pdf?zoom_highlight=unfiltered
3.GUPTA, P. C. and ASMA, S (2008). Bidi Smoking and Public Health. Ministry of Health and Family Welfare. 2008. Disponível em: http://www.whoindia.org/EN/Section20/Section25.htm.
Os charutos são muito tóxicos, assim como os cigarros. A diferença é que certas doenças estão mais associadas a cigarros, como enfisema pulmonar, enquanto outras são mais associadas a charutos, como câncer de boca, de língua, garganta e esôfago.¹
Câncer de Pulmão
Um estudo desenvolvido nos EUA verificou que os fumantes de charutos têm um risco duas vezes maior de desenvolver câncer de pulmão que os não-fumantes. Já em um estudo semelhante desenvolvido na Europa o risco foi nove vezes maior. 2, 3, 4
Câncer Oral
Usuários de charutos têm uma maior exposição da boca e da língua à fumaça, pois, na maioria, ao invés de tragar, mantém a fumaça, que por si já contém maiores teores dos compostos cancerígenos e uma maior alcalinidade, por mais tempo nessa área. Em conseqüência, o risco de desenvolver cânceres orais é maior. 2, 3, 4
Como o charuto não possui filtro, fica em contato direto com os lábios, expondo essa região aos compostos tóxicos e cancerígenos presentes no produto.4
Câncer de Esôfago
Como os compostos tóxicos e cancerígenos são facilmente dissolvidos pela saliva, ao ser ingerida pelo fumante, há um aumento do câncer de esôfago quando comparado a não-fumantes. 2, 3, 4
O risco de desenvolver câncer de boca, de garganta e esôfago nos consumidores de charutos é mais que duas vezes mais alto em comparação com os não-fumantes. 2, 3, 4
Quem fuma apenas 1 a 2 charutos/dia aumenta duas vezes o risco de ter câncer oral e de esôfago, comparado a quem não fuma. Quem fuma de 3 a 4 charutos/dia aumenta mais de 8 vezes o risco de ter câncer oral e 4 vezes a chance de ter câncer no esôfago. 4, 5
Isso acontece porque o fumante de charutos geralmente não traga a fumaça, que é mais irritante que a fumaça de cigarro, mas a mantém por mais tempo na boca, onde os compostos tóxicos e cancerígenos são mais absorvidos.
Além disso, a quantidade de tabaco queimada durante o consumo de um charuto é maior que a quantidade queimada em um cigarro: um charuto contém entre 5 e 17 gramas de tabaco, e um cigarro contém em média 0,8 a 1,0. Por isso, os teores dos compostos tóxicos e cancerígenos são também maiores. Por exemplo, um cigarro contém cerca de 1 mg de nicotina, enquanto que um charuto de marca popular entre 100 e 200 mg de nicotina, já tendo sido encontrado charutos com 444mg.3,1 Com isso, a nicotina na fumaça de um único charuto pode ser comparável a um cigarro e até um maço ou mais de cigarros.1 Assim, fumar um charuto pode equivaler a fumar 20 cigarros.
Outro fator de elevada toxicidade nos charutos é que os teores das N-Nitrosaminas Específicas do Tabaco (TSNA), que estão entre as substâncias conhecidas de maior potencial cancerígeno para o homem, são mais elevados na fumaça dos charutos que na fumaça de cigarros.1, 5
Referências Bibliográficas
1.Center for the Advancement of Health (2000). Cigar Smoking is a Serious Risk to Public Health. Disponível em: (http://www.hbns.org/newsrelease/cigar8-8-00.cfm)
2.ASH (2004). Factsheet nº 13: Pipe and Cigar Smoking. Action on Smoking and Health. Disponível em: http://www.ash.org.uk/Find out about tobacco/facts and statistics
3.NCI (1998). Cigars - Health Effects and Trends. Tobacco Control Monograph No. 9. National Cancer Institute, US Dept of Health and Human Services (http://cancercontrol.cancer.gov/tcrb/monographs/9/)
4.NCI (2007). Factsheet: Questions and Answers About Cigar Smoking and Cancer. National Cancer Institute. (http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Tobacco/cigars)
5.AMERICAN CANCER SOCIETY. Cigar Smoking. Disponível em: http://www.cancer.org/docroot/PED/content/PED_10_2X_Cigar_Smoking.asp.
O consumo de cigarros pode causar diversos danos graves à saúde do fumante e dos que convivem com ele. Os fumantes tem um risco maior de desenvolver as seguintes doenças1:
Doenças coronárias (como angina e infarto): Os fumantes tem maior probabilidade de morrer por doença coronariana, especialmente os fumantes jovens. O tabagismo é responsável por 45% das mortes entre homens e 40% entre mulheres, com menos de 65 anos, por doença coronariana2.
Problemas circulatórios: Os fumantes tem um elevado fator de risco de desenvolver arteriosclerose, envolvendo as artérias da perna, o que leva a dores, dificuldade em caminhar, podendo chegar a gangrena e amputação3.
Tromboangeite obliterante: distúrbio em que ocorre obstrução completa dos vasos sangüíneos das mãos e pés em conseqüência de coágulos e inflamação no interior dos vasos. A redução do fluxo sanguíneo para as extremidades pode causar gangrena e amputação de dedos, pés e pernas. Parar de fumar é a única forma de interromper o avanço da doença, que afeta quase sempre homens de 20 a 40 anos de idade que tem histórico de tabagismo.3, 4
Aneurisma da aorta: É uma dilatação anormal e localizada da aorta, podendo levar seu rompimento. Pelo menos 80% dos aneurismas da aorta são causados pelo estreitamento das artérias. O desenvolvimento de aneurisma da aorta abdominal é mais comum entre fumantes. Aneurismas podem ocorrer também no cérebro, coração, intestino e outras partes do corpo.3, 4
Câncer de Pulmão: 90% dos casos de câncer de pulmão são em fumantes2. O câncer de pulmão é uma doença altamente letal – apenas um pequeno número de pacientes consegue sobreviver por 5 anos após o diagnóstico1.
Câncer da boca, traquéia, cavidade oral, faringe, laringe e esôfago: Cânceres da cavidade oral são fortemente associados ao tabagismo, principalmente ao uso de charutos e de fumo mascável.5, 6
Câncer no pâncreas: fumantes e usuários de fumo mascável tem risco maior de desenvolver câncer no pâncreas do que não fumantes 5, 7, 8.O câncer no pâncreas ocorre devido principalmente à presença de nitrosaminas na fumaça e no tabaco.9
Câncer nos rins: Evidências científicas sugerem a associação entre o fumo e o câncer nos rins5. Foi observado um acúmulo de cádmio maior nos rins de fumantes do que nos não fumantes10.
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): é uma doença crônica dos pulmões, em que ocorre diminuição da capacidade de respirar devido à obstrução nas vias aéreas. Inclui uma série de problemas pulmonares como bronquite crônica (inflamação dos brônquios) e enfisema pulmonar (destruição progressiva do tecido pulmonar). No Brasil ocupa a 5ª posição em causa de morte e 290 mil pacientes são internados anualmente11. O fumo é a principal causa da DPOC12: 90% dos casos são de fumantes ou ex-fumantes13.
Pneumonia: é uma infecção nos pulmões causada por infecção bacteriana ou viral. Os fumantes estão mais propensos a infecções do que os não fumantes, pois o fumo prejudica o sistema imunológico5.
Colesterol alto: Fumantes tendem a ter os níveis de HDL (colesterol bom) menores e níveis mais elevados de LDL (colesterol ruim). Com isso, aumenta o risco de formação de plaquetas e entupimento das artérias5.
Osteoporose: caracterizada pela perda de massa óssea, que leva ao enfraquecimento dos ossos, tornando-os vulneráveis à traumas e fraturas. Ocorre mais intensamente em fumantes que em não fumantes14, 15.
Problemas gastrointestinais: úlceras pépticas, que são lesões localizadas no estômago ou duodeno com destruição da mucosa da parede destes órgãos, ocorrem com mais freqüência em fumantes do que em não fumantes.4, 16
Impotência sexual no homem: o risco de disfunção erétil é maior em fumantes do que em não fumantes. Isso ocorre provavelmente devido à nicotina, que reduz o fluxo sanguíneo para o pênis, por constrição das artérias4, 17.
Problemas na gravidez: são diversos os problemas causados pelo fumo durante a gravidez. As questões sobre o tema estão mais detalhadas adiante.
Isso tudo sem mencionar os danos mais sutis à saúde, como cansaço, falta de ar, insônia, envelhecimento precoce, amarelamento dos dentes.
Referências Bibliográficas
1.Government of Saskatchewan. Smoking and your Health. Health Effects of Tobacco. Disponível em: http://www.health.gov.sk.ca/health-effects-tobacco. Acessado em 30/01/2009.
2.INCA (1998). Falando Sobre Tabagismo. Instituto Nacional do Câncer.
3.ASH Scotland (2008). Briefing on Tobacco and heart health. Action on Smoking and Health. September 2008. Disponível em: http://www.ashscotland.org.uk/ash/files/Tobacco%20and%20heart%20health.doc. Acessado em 27/02/2009.
4.CANCER COUNCIL VICTORIA (2008). Tobacco in Australia: Facts and Issues. Third Edition. Disponível. http://www.tobaccoinaustralia.org.au/. Acessado em 27/02/2009.
5.US Department of Health and Human Services (2004). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009
6.AMERICAN CANCER SOCIETY (2008). Cancer Facts & Figures 2008. Geórgia. USA. Disponível em: http://www.cancer.org/downloads/STT/2008CAFFfinalsecured.pdf. Acessado em: 27/02/2009.
7.IARC (1986). International Agency for Research on Câncer Monographs on the evaluation of the carcinogenic risk of chemicals to humans - Tobacco Smoking - vol. 38/1986. Disponível em: http://monographs.iarc.fr/ENG/Monographs/PDFs/index.php. Acessado em 27/02/2009.
8.NCI (1998). Cigars: Health Effects and Trends. Smoking and Tobacco Control Monograph Nº 9. National Cancer Institute Bethesda (MD). Disponível em: http://cancercontrol.cancer.gov/TCRB/monographs/9/index.html. Acessado em 27/01/2009.
9.NCI (1992). Smokeless Tobacco or Health: An International Perspective. Smoking and Tobacco Control Monograph Nº 2. National Cancer Institute. Bethesda (MD). Disponível em: http://cancercontrol.cancer.gov/TCRB/monographs/2/index.html. Acessado em 27/01/2009.
10.US Department of Health and Human Services (1983). The Health Consequences of Smoking: Cardiovascular Disease. A Report of the Surgeon General, pág. 226. 1983. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/pre_sgr_1994/index.htm. Acessado em: 29/01/2009
11.SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA (2004). II Consenso Brasileiro Sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. J Bras Pneumol. 2004;30 (Supl 5):S1-S42. Disponível em: http://www.jornaldepneumologia.com.br/PDF/Suple_124_40_DPOC_COMPLETO_FINALimpresso.pdf . Acessado em: 02/03/2009.
12.WHO (2008). Chronic obstructive pulmonary disease (COPD). World Health Organization, Fact sheet N°315. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs315/en/ . Acessado em 02/03/2009.
13.INCA (2004). Fumantes representam 90% dos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Atualidades em Tabagismo. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: http://www.inca.gov.br/tabagismo/atualidades/ver.asp?id=274 . Acessado em: 02/03/2009.
14.WHO (2009). Tobacco and osteoporosis. Tobacco Free Initiative (TFI)/ World Health Organization. Disponível em: http://www.who.int/tobacco/research/osteoporosis/en/index.html. Acessado em: 04/03/2009.
15.INCA (2003). Estudo relaciona tabagismo e osteoporose. Atualidades em Tabagismo. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: http://www.inca.gov.br/tabagismo/atualidades/ver.asp?id=162. Acessado em 04/03/2009.
16.INCA. Perguntas e Respostas. Disponível em: http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=faq. Acessado em 04/03/2009.
17.ASH. Smoking and Erectile Dysfunction in Men. Action on Smoking and Health. Disponível em: http://old.ash.org.uk/html/health/html/impotent.html. Acessado em 04/03/2009.
Mesmo cigarros com teores mais baixos causam inúmeros danos à saúde assim como os cigarros com teores mais elevados. Não existe evidência de qualquer benefício quanto aos cigarros de baixos teores¹.
Isso porque a principal modificação feita nos cigarros para obter teores menores na fumaça tragada pelo fumante foi no filtro. Foram introduzidos orifícios de ventilação no filtro de forma a permitir a entrada de ar quando o cigarro é tragado. Esse ar dilui a fumaça e assim, reduz as concentrações dos compostos presentes.
No entanto, como o fumante depende da nicotina, tende a compensar essa redução, dando tragadas mais profundas, mantendo a fumaça mais tempo nos pulmões, fechando os poros do filtro com os dedos ou ainda fumando mais cigarros que antes² ³.
Com isso, na tentativa de obter a quantidade de nicotina de que precisa, acaba por elevar as quantidades de outros compostos presentes na fumaça, incluindo compostos altamente tóxicos e compostos cancerígenos para o homem.
Existem evidências científicas de que essa compensação que o fumante faz, tragando mais profundamente o cigarro, tem aumentado a incidência de adenocarcinoma, uma variedade antes rara de câncer de pulmão².
Não existe consumo seguro de cigarro ou de qualquer produto derivado do tabaco.
Referências Bibliográficas
1.US Department of Health and Human Services (2004). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General. 2004. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009.
2.JARVIS, M. & BATES, C. (1999). Why Low Tar Cigarettes Don't Work and How the Tobacco Industry Has Fooled the Smoking Public. ASH - ACTION ON SMOKING & HEALTH.
3.NCI (2001) - Risks Associated with Smoking Cigarettes with Low machine-Measured Yields of Tar and Nicotine. Smoking and Tobacco Control Monograph No 13. National Cancer Institute. Bethesda (MD): U.S. Department of Health and Human Services, 2001. NIH Publication No. 02-5074. Disponível em: http://cancercontrol.cancer.gov/TCRB/monographs/13/m13_preface.pdf. Acessado em 27/01/2009.
O cigarro eletrônico é um dispositivo eletrônico para fumar (DEF) ou popularmente conhecido por cigarro eletrônico, denominado ainda de e-cigarette, e-ciggy, e-cig, MiniCiggy, e-pipe, e-cigar etc. Visualmente parece um cigarro ou um charuto, ou uma cigarrilha ou ainda a cachimbo.
A ponteira do dispositivo funciona como piteira e contém um cartucho substituível, preenchido com um líquido composto de propileno glicol, nicotina e substâncias aromatizantes, se o usuário desejar. O usuário aspira uma névoa contendo pequenas gotículas do líquido e a nicotina que necessita para manter a dependência.
Tais produtos passaram por diversas gerações: os produtos descartáveis, de uso único; os produtos com refis líquidos recarregáveis, em sistema aberto e fechado; os produtos de tabaco aquecido, que possuem um dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; os sistema "pods", que contém nicotina diluída em líquido e se assemelham à pen drives, dentre outros.
A importação, comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil estão proibidas por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa, RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009.
Os Kreteks são cigarros aromatizados e também conhecidos como cigarros de Bali, devido à origem da Indonésia.
Diferenciam-se do cigarro comum pela adição de 30-40% de cravo à mistura de tabaco.¹ Quando esse cigarro é fumado, a queima do cravo produz um som característico (“crec-crec”) que deu origem ao nome.
Os cigarros do tipo kreteks produzem teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono maiores que os cigarros comuns.2 3
A queima do cravo também produz diversos compostos tóxicos. Além disso, o eugenol, que é um composto muito presente no cravo, possui um efeito anestésico, que faz com que o fumante inale mais profundamente a fumaça.4 E por isso, causam danos graves à saúde. Diversos estudos científicos tem demonstrado que a incidência de câncer é maior nos fumantes de kretek do que nos fumantes regulares.
Fumantes de kreteks tem também risco maior de desenvolver asma e infecções respiratórias que fumantes de cigarros convencionais. Como o cravo contem grande quantidade do composto eugenol, que tem um efeito anestésico, os fumantes tendem a aspirar maior quantidade de fumaça.5, 6
Referências Bibliográficas
1.HEALTH CANADA. Clove and Herbal Cigarettes. Disponível em: http://www.hc-sc.gc.ca/hecs-sesc/tobacco/prof/cessation_ program/other_opt_en.html#10.
2.MALSON, JL, et. all. (2003). Clove cigarette smoking: biochemical, physiological and subjective effects. Pharmacol Biochem Behav. 2003:74;739–745.
3.HEALTH CANADA. Clove and Herbal Cigarettes. Disponível em: http://www.hc-sc.gc.ca/hecs-sesc/tobacco/prof/cessation_program/other_opt_en.html#10
4.AMERICAN CANCER SOCITY. The Tobacco Atlas. Disponível em: http://www.tobaccoatlas.org/typesoftobacco.html
5.LAVOIE, E.J. (1989). Toxicity Studies on Clove Cigarrete Smoke and Constituens of Clove: Determination of the LD50 of Eugenol by intratracheal Instillation in Rats and Hamsters. . Archieves of Toxicology 63:1-6, 1989.
6.CLARK, G.C. (1989). "Comparasion of kretek (clove cigarette) smoke with that of American cigarrete smoke", Archives of Toxicology 63:1-6. Disponível em: http://www.gethealthyclarkcounty.org/tobacco/bidis-kreteks.html
Narguilé (ou water pipe ou shisha ou Hookah) é um dispositivo para fumar, originário da Índia, no qual uma mistura de tabaco é aquecida e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma longa mangueira.¹
Apesar de alguns fumantes pensarem que a água filtra os compostos tóxicos da fumaça, essa idéia é errada. A água não é capaz de filtrar todos os compostos tóxicos e cancerígenos. Além de conter compostos tóxicos e cancerígenos, assim como os cigarros e outros produtos derivados do tabaco, a exposição a esses compostos é maior uma vez que uma rodada de fumo no Narguilé pode levar cerca de 45 minutos, e o fumante acaba inalando mais fumaça que nos produtos convencionais.²
Além do tempo de inalação muito maior, as fontes de aquecimento geralmente utilizadas, como carvão e madeira em brasa, quando queimadas, liberarm grande quantidade de compostos químicos potencialmente perigosos, como metais e monóxido de carbono.² Por isso, diversos tipos de doenças são associados ao uso de Narguilé:
Dependência física e psíquica
- Impotência
- Câncer de pulmão
- Câncer de fígado
- Câncer oral (lábios, língua, faringe)
- Doenças cardíacas
Referências Bibliográficas
1.AMERICAN CANCER SOCITY. The Tobacco Atlas. Disponível em: http://www.tobaccoatlas.org/typesoftobacco.html
2.AMERICAN LUNG ASSOCIATION (2007). Tobacco Policy Trend Alert. "An Emerging Deadly Trend: Waterpipe Tobacco Use," February 2007.
3.Waterpipes (Hookahs). Health Effects of Hookah Smoking. http://www.gethealthyclarkcounty.org/tobacco/waterpipes.html
O Snuff é um tipo de tabaco mascável. O SNUFF produzido na Suécia é conhecido como SNUS e diferencia-se do SNUFF americano pelo tipo de processamento da folha de tabaco. No SNUS o tabaco, depois da cura, é picado, seco, triturado, peneirado, aquecido com vapor e depois resfriado até o momento do consumo (pasteurização). Já no SNUFF o tabaco é fermentado. É geralmente mantido na boca, porém sem mascar, e não precisa ser cuspido, como ocorre com outros fumos mascáveis.³
No SNUS à mistura de tabaco pasteurizado é adicionado carbonato de sódio, sal, água e agentes de sabor e aroma, e é geralmente empacotado como os saquinhos de chá ou solto, em forma de pó úmido.³
Danos causados à saúde:
Assim como todos os produtos derivados do tabaco, Snuff e Snus contem nicotina, que causa dependência.
Nos usuários de Snuff tem sido observado um aumento do risco para câncer na cavidade oral, que inclui câncer nos lábios, gengiva, maxilar e boca.¹
Tem sido observada uma maior incidência de câncer no pâncreas e doenças cardiovasculares em usuários de SNUS do que em não usuários. ² ³
Uma vez que tanto o Snuff quanto o Snus, assim como todos os produtos derivados do tabaco, causam dependência e diversos danos à saúde, não devem ser usados como recurso terapêutico para que deseja parar de fumar, pois o usuário estará substituindo uma dependência por outra, que também apresenta riscos à saúde. Diversos métodos eficazes para parar de fumar podem ser adotados, e que não utilizam produtos do tabaco.
Referências Bibliográficas
1.NATIONAL CANCER INSTITUTE. Smokeless Tobacco and Cancer: Questions and Answers. Disoponível em: http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Tobacco/smokeless. Acessado em 14/09/2009.
2.FOULDS, J., et. all (2003). Effect of smokeless tobacco (snus) on smoking and public health in Sweden. Tobacco Control 2003;12:349–359. Disponível em: http://www.tobaccoprogram.org/pdf/TC12349 .pdf
3.AMERICAN CANCER SOCIETY. Questions About Smoking, Tobacco, and Health. Disponível em: http://www.cancer.org/docroot/PED/content/PED_10_2x_Questions_About_Smoking_Tobacco_and_Health.asp. Acessado em 07/08/2009
É também um tipo de produto derivado do tabaco e que não gera fumaça (smokeless tobacco), em forma de pó e destinado a ser aspirado. Também conhecido como rapé.
Apesar de não produzir fumaça, por se tratar de produto derivado do tabaco, apresenta riscos à saúde.
Assim como todos os produtos derivados do tabaco, contem nicotina, que causa dependência.
As Nitrosaminas Específicas do Tabaco são substâncias altamente cancerígenas presentes em todos os produtos derivados do tabaco, E estão presentes mesmo nos produtos do tabaco que não são queimados, e, causam diversos danos à saúde.¹
Tem sido observado um aumento do risco para câncer na cavidade oral, que inclui câncer nos lábios, gengiva, maxilar e boca.¹
Referências Bibliográficas
1.NATIONAL CANCER INSTITUTE. Smokeless Tobacco and Cancer: Questions and Answers. Disoponível em: http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/Tobacco/smokeless. Acessado em 14/09/2009.
É também um tipo de produto derivado do tabaco e que não gera fumaça, destinado a ser mascado ou sugado, ao invés de ser fumado. O usuário mantém o produto entre a bochecha e a gengiva ou os dentes, e freqüentemente precisa cuspir a saliva de cor amarronzada. Também conhecido oral smokeless tobacco ou chewing tobacco.¹
Assim como os cigarros e demais produtos derivados do tabaco, causa diversas doenças e é comum causar muitas lesões na boca. Um dos motivos é que, assim como os demais produtos derivados do tabaco, contem nitrosaminas, compostos altamente cancerígenos, que ficam muito tempo em contato com a boca e mucosas. Causam:²
- Dependência física e psíquica
- Alta incidência de câncer oral (lábios, boca, língua)
- Alto índice de cáries, irritação da gengiva, podendo levar a perda dos dentes
- Aumento da pressão sanguínea
- Aumento do risco de ataque cardíaco
- Câncer no pâncreas
Referências Bibliográficas
1.AMERICAN CANCER SOCITY. The Tobacco Atlas. Disponível em: http://www.tobaccoatlas.org/typesoftobacco.html.
2.Mayo Foundation for Medical Education and Research. Chewing tobacco
É a poluição gerada pela queima de produtos derivados do tabaco em ambientes fechados, também chamada de Fumaça Ambiental do Tabaco (FAT) (em inglês: Environmental Tobacco Smoke – ETS ou Second-hand tobacco smoke).
É composta pela soma da fumaça que sai da parte acesa mais a fumaça que é exalada pelo fumante.
Quando um cigarro é aceso, somente uma parte da fumaça é tragada pelo fumante, e cerca de 2/3 da fumaça gerada pela queima é lançada no ambiente, através da ponta acesa do produto (o mesmo ocorre com demais produtos como charuto, cigarrilhas e cigarros de palha).¹
Quando um produto derivado do tabaco é aceso, milhares de substâncias contidas na fumaça são dispersas no ambiente. Muitas dessas substâncias são tóxicas e cancerígenas, e algumas são características da fumaça do tabaco.
A Poluição Tabagística Ambiental contém praticamente a mesma composição da fumaça tragada pelo fumante: cerca de 4000 compostos, dos quais mais de 200 são tóxicos e cerca de 40 são cancerígenos. Porém, os níveis desses contaminantes lançados no ambiente são mais elevados que a na fumaça tragada pelo fumante, sendo encontrados em média, 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça tragada pelo fumante. Isso porque a fumaça que sai da ponta acesa não é filtrada. ²
A legislação brasileira, Lei 9.294/96 e no Decreto 2.018/96, permite o fumo em áreas com isolamento adequado e ventilação satisfatória, possibilitando diversas interpretações, que acabam por expor trabalhadores e usuários de ambientes fechados, públicos e privados, à fumaça tóxica e cancerígena do tabaco, ou seja, à Poluição Tabagística Ambiental.
Veja também o documento A ANVISA NA REDUÇÃO À EXPOSIÇÃO INVOLUNTÁRIA À FUMAÇA DO TABACO
Referências Bibliográficas
1.PHYSICIANS FOR SMOKE-FREE CANADA (1999). Second-hand smoke. Disponível em: http://www.globalink.org/tobacco/docs/ets/0006callard.PDF.
2.IARC (1987). Environmental Carcinogens methods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, International Agency of Reaserch in Cancer. Lyon, France 1987.null
O corpo produz antioxidantes que ajudam a reparar danos nas células. Tem sido observado que fumantes tem níveis menores de antioxidantes no sangue do que não fumantes 1, 2, 3.
O fumo prejudica a capacidade de renovação celular da pele, acelerando o processo de envelhecimento. Estudos científicos tem evidenciado também uma redução na produção de colágeno em mais de 40%.2, 4
Referências Bibliográficas
1.US Department of Health and Human Services (1983). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General, pág. 618-619. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009.
2.MORITA, A. (2006). Tobacco Smoke and Skin Aging. In: Cigarette Smoke and Oxidative Stress, Chapter 15, pages 380 – 383.
3.MORITA, A. (2004). Tobacco smoke causes premature skin aging. J. Dermatol Sci. 2007 Dec;48(3):169-75. Epub 2007 Oct 24.
4.YIN, L. MORITA, A. & TSUJI, T. (2001). Skin aging induced by ultraviolet exposure and tobacco smoking: evidence from epidemiological and molecular studies. Photodermatology, Photoimmunology & Photomedicine. Volume 17 Issue 4, Pages 178 – 183.
São muitos os problemas que o fumo pode causar em cirurgias:
Pode causar diminuição da espessura dos vasos o que gera a chamada vasoconstrição. Com o vaso mais estreito, há um fluxo menor de sangue e o suprimento de oxigênio aos tecidos é afetado, o que pode resultar dificulta a cicatrização² ³, podendo causar até uma necrose de pele. A nicotina é o principal fator da vasoconstrição, mas a própria fumaça do cigarro contem outras substâncias que, além de dificultar a passagem do sangue, também dificultam a formação de fibroblastos, as células que produzem a cicatriz. Com isso, o processo é mais lento e podem surgir cicatrizes hipertróficas, aquelas grossas, ou os chamados quelóides, cicatrizes ainda mais grossas e até dolorosas¹.
A nicotina e outros compostos químicos presentes na fumaça podem aumentar o risco de hemorragia intensa. Podem também reduzir a elasticidade de pequenos vasos sanguíneos, diminuindo o suplemento de sangue em transplantes².
Como os fumantes têm um risco maior de desenvolver problemas respiratórios e outras complicações, observa-se um risco aumentado de internações no CTI quando comparado a não fumantes³.
A nicotina e outros compostos presentes na fumaça têm um efeito supressor do sistema imunológico4, o que explica em parte, o aumento de infecções no trato respiratório e também o aumento de infecções dos ferimentos após cirurgias² ³.
Referências Bibliográficas
1.ISHRS. Some Major Risk Factors for Excessive Surgical and Post-Surgical Bleeding Tobacco Smoking. Disponível em http://www.ishrs.org/articles/smoking-drinking-medications.htm. Acessado em 27/01/2009.2.INCA. Pare de Fumar: Atualidades Sobre Tabagismo. Disponível em: http://www.inca.gov.br/tabagismo/atualidades/ver.asp?id=554. Acessado em 22/01/2009.
3.WHO (2005). The tobacco health toll. World Health Organization. Regional Office for the Eastern Mediterranean. Disponível em: http://www.emro.who.int/tfi/PDF/TobaccoHealthToll.pdf. Acessado em 27/01/2009.
4.US Department of Health and Human Services (2004). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General, pág. 616. 2004. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009
Pode causar problemas graves, pois, em relação às grávidas não fumantes, as grávidas fumantes aumentam o risco:
De ter aborto espontâneo, causado pelo descolamento prematuro da placenta¹;
De o bebê morrer pouco depois do parto (síndrome da morte súbita). O fumo durante a gravidez é a principal causa evitável de morte súbita do bebê após o nascimento2, 3;
De o bebê nascer prematuro;
De ter um bebê com baixo peso2, 3. Bebês pesando 2.500 g ou menos são quase 40 vezes mais sujeitos à morte durante as primeiras 4 semanas de vida, que as crianças de peso normal2. Crianças nascidas com baixo peso são três vezes mais sujeitas a terem distúrbios neurológicos e de desenvolvimento que as crianças nascidas com peso normal4.
O fumo prejudica a chegada de oxigênio e de nutrientes ao feto, devido aos componentes tóxicos presentes nos produtos, como, por exemplo:
A nicotina no organismo causa liberação de acetilcolina, epinefrina e norepinefrina, que agem sobre o coração, causando um aumento da freqüência cardíaca, interferindo na agregação plaquetária e nos fatores de coagulação. Um dos efeitos mais importantes é a vasoconstrição dos vasos uterinos, reduzindo a disponibilidade de oxigênio para o feto2.
O monóxido de carbono tem uma grande afinidade com a hemoglobina, que transporta o oxigênio pelo sangue5. Quanto mais a mãe fuma, o sangue transporta mais monóxido de carbono e menos oxigênio chega ao feto. É um dos compostos responsável pela diminuição do peso fetal2.
O cigarro também causa a contração da artéria umbilical, que liga o bebê à mãe. Isso diminui o transporte de nutrientes até a criança. “Ou seja, quanto mais a mãe fuma, o bebê recebe mais toxinas e menos nutrientes2, 3”.
Além dos prejuízos causados ao feto, há também os riscos para a gestante, como para as demais mulheres que fumam. Por exemplo, têm um risco aumentado de doenças cardiovasculares5.
Referências Bibliográficas
1.ASH (2004). Action on Smoking and Health Factsheet nº 13: Pipe and Cigar Smoking. Disponível em: http://www.ash.org.uk/Find out about tobacco/facts and statistics. Acessado em 28/01/2009.
2.ALEIXO NETO, A. (1990). Efeitos do fumo na gravidez. Rev. Saúde Pública, vol.24 nº5, São Paulo. Outubro, 1990.
3.US Department of Health and Human Services (2004). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General, pág. 527, 564, 584, 585, 601. 2004. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009.
4.COMMITTEE TO STUDY THE PREVENTION OF LOW BIRTHWEIGHT (1987). Preventing low birthweight. Washington, D. C., Institute of Medicine.
5.US Department of Health and Human Services (2004). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General, pág. 616. 2004. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009.
6.ERNSTER, VIRGINIA et all.(2000). Women and tobacco: moving from policy to action. Bulletin of the World Health Organization. vol.78 no.7 Genebra July 2000.
A fumaça que sai da parte acesa do produto contém os mesmos compostos tóxicos e cancerígenos que a fumaça tragada pelo fumante, porém em níveis bem mais elevados: 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas.
Desse modo, o fumante causa prejuízos também a quem fica exposto à fumaça ambiental do tabaco, conhecido como fumante passivo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, a Poluição Tabagística Ambiental é a maior fonte de poluição em ambientes fechados e o tabagismo passivo, a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.¹
Os não fumantes que convivem em ambientes fechados com fumantes e ficam expostos à fumaça do tabaco apresentam: 2, 3, 4, 5
Em gestantes: maior chance de o bebê nascer prematuro ou do bebê nascer com baixo peso.
Em bebês: maior o risco de morte súbita infantil, aumento do risco de desenvolver doenças respiratórias;
Em crianças: aumento da freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio e aumento do risco de desenvolver doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e intensificação da asma;
Em adultos: maior o risco de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça, como câncer de pulmão e infarto do coração;
Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias, aumento do número de infecções respiratórias em crianças, e elevação da pressão arterial.
Os trabalhadores que exercem suas funções em bares, restaurantes e similares e ficam expostos à fumaça do tabaco, correspondem a terem fumado de 4-10 cigarros/dia. Com isso, têm 25-30% mais possibilidade de desenvolver doenças cardíacas e 20-30% mais chances de ter câncer de pulmão.6De acordo com estudo desenvolvido pelo INCA e pelo Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo menos 2.655 indivíduos não-fumantes expostos involuntariamente à fumaça do tabaco morrem a cada ano no Brasil, ou seja, sete pessoas a cada dia e a maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%). Esse número pode ser bem maior, pois o estudo considerou apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto) e acidentes vasculares cerebrais e considerou como fumantes passivos as pessoas que nunca fumaram e que moravam com pelo menos um fumante no mesmo domicílio. Ou seja, não considerou os não-fumantes expostos nos ambientes de trabalho, onde a exposição pode ser maior.
Referências Bibliográficas
1. IARC (1987). Environmental Carcinogens methods of analysis and exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, International Agency of Reaserch in Cancer. Lyon, France 1987.
2. EPA (1992). U.S. Environmental Protection Agency. Respiratory Health Effects of Passive Smoking: Lung Cancer and other disorders. 1992
3. IARC (2002) International Agency of Reaserch in Cancer. Tobacco Smoke and Involuntary Smoking. Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. Volume 83. 2002.
4. COLLISHAW, NEIL & MELDRUM, HEIDI (2003). Protection from second-hand tobacco smoke in Canada: Applying health science to occupational health and safety law. Physicians for a Smoke-Free Canadá.
5. INCA (2008). Instituto Nacional de Câncer. Tabagismo Passivo. Disponível em: http://www.inca.gov.br/tabagismo/passivo/tabagismo.htm. Acessado em 07/10/2008.
6. SURGEON GENERAL (2004). Surgeon General's Report -The Health Consequences of Smoking. May, 2004.Disponível em: http://www.surgeongeneral.gov/library/smokingconsequences/